Banca de DEFESA: Kawinã Cardoso de Araújo

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Kawinã Cardoso de Araújo
DATA : 17/11/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de videoconferência do IGD
TÍTULO:

CONTROLE ESTRUTURAL DA MINERALIZAÇÃO DE OURO NO GREENSTONE BELT FAINA, BRASIL CENTRAL.


PALAVRAS-CHAVES:

Depósitos de ouro orogênico, controle estrutural de mineralizações, greenstone belt Faina.


PÁGINAS: 94
RESUMO:

O greenstone belt Faina está inserido no Domínio Crixás-Goiás, um dos principais componentes do Maciço de Goiás, localizado na porção central da Faixa Brasília, no Brasil Central. A mineralização de ouro presente no greenstone belt é de natureza orogênica, fortemente controlada pelas estruturas tectônicas. A investigação das estruturas regionais distribuídas nos diferentes domínios do greenstone belt Faina, assim como as meso-estruturas presentes nos principais alvos e minas da região, permitiram a identificação de um acervo complexo de elementos estruturais geneticamente relacionados a um sistema de empurrões e dobramento regional. Através da análise descritiva e cinemática foi possível individualizar seis fases deformacionais sucessivas, geradas em pelo menos três eventos deformacionais distintos. O primeiro evento E1, de provável idade Paleoproterozóica, é caracterizado por três fases deformacionais progressivas, D1, D2 e D3, desenvolvidas em regime dúctil a dúctil-ruptil. A fase D1 é marcada por xistosidade paralela ao acamamento sedimentar. As estruturas atribuídas à fase de deformação D2 são as feições estruturais mais proeminentes do greenstone belt Faina. Elas foram geradas em regime dúctil e incluem dobramentos em todas as escalas (F2), foliação plano axial (S2), foliação milonítica (Sm2), lineação de estiramento (Le2) e lineação de intersecção (Li2). Aliado a estas feições, foi ainda observado um sistema complexo de empurrões regionais, com direção NW-SE, aos quais estão associadas zonas de cisalhamento reversas, com indicadores cinemáticos de transporte tectônico de sul para norte. A Fase D2 evolui para zonas de cisalhamento direcionais destrais de alto ângulo, com direção NW-SE, interpretadas como escape tectônico, durante a fase D3. O evento E2, de natureza dúctil-rúptil, tem idade neoproterozoica e é caracterizado por duas fases deformacionais D4 e D5. A principal estrutura da fase D4 é a Falha de Faina, que consiste em uma falha regional direcional destral, com direção NE, que separa os greenstone belts Faina e Serra de Santa Rita. A fase D5 é marcada por dobras suaves a abertas em todas as escalas, desenvolvidos em níveis crustais mais rasos e presente em toda a Faixa Brasília. O último evento E3, representado pela fase D6 de natureza rúptil, é caracterizado por brechas de direção EW a NE-SW. Os principais controles da mineralização de ouro no greenstone belt Faina estão associados à fase de deformação D2. Os empurrões regionais gerados durante essa fase funcionaram como condutos para migração de fluidos mineralizantes que se alojam em estruturas secundárias, onde a mineralização está associada a zonas de cisalhamento monoclínicas. A mineralização ocorre como ouro livre em veios de quartzo, concordantes com as zonas de cisalhamento D2, com plunge paralelo à lineação de estiramento Le2. Os veios mineralizados estão estruturados em rampas e patamares e a mineralização está concentrada em sombras de pressão de estruturas regionais, que vão desde a escala regional até a escala microscópica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1555904 - CATARINA LABOURE BEMFICA TOLEDO
Externa ao Programa - 3000894 - ELIZA INEZ NUNES PEIXOTO
Interno - 2370895 - LUIS GUSTAVO FERREIRA VIEGAS
Externo à Instituição - ROBERTO VIZEU LIMA PINHEIRO - UFPA
Notícia cadastrada em: 26/10/2022 09:52
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