Banca de DEFESA: Rodrigo Tokuta Castro

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Rodrigo Tokuta Castro
DATA : 10/05/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Videoconferência do IGD
TÍTULO:

O domínio laterítico do Centro Oeste brasileiro: características do regolito e dinâmica.


PALAVRAS-CHAVES:

Regolito; Crostas lateríticas ferruginosas; Episódios lateríticos; Superfície paleointempérica; Traços de Fissão em Apatita.


PÁGINAS: 84
RESUMO:

No Centro-Oeste do Brasil, a Província Tocantins é um grande orógeno Neoproterozóico que resultou da colisão dos paleocontinentes Amazônico, São Francisco e Paranapanema durante o ciclo Brasiliano/Pan Africano, como parte da amalgamação do Gondwana Ocidental. As deformações intracontinentais causam soerguimento de superfícies erosivas e são consequência de processos de desestabilização da litosfera em domínios cratônicos. A abertura do Oceano Atlântico influenciou processos a 2,000 km da costa com reflexos no regolito. O regolito do Centro-Oeste brasileiro é caracterizado por uma paisagem escalonada de planaltos, serras, chapadas, inselbergs, cânions e planícies aluviais que formam quatro superfícies morfoestratigráficas. A superfície 1 é sustentada por serras de quartzito e as superfícies 2 e 3 por crostas lateríticas ferruginosas. As crostas da superfície 2 são quartzohematíticas, endurecidas, colunares, rosa-avermelhadas a vermelhoamareladas, possuem texturas protonodulares, brechóide e pisolíticas e alcançam até 3 m de espessura, enquanto as crostas lateríticas ferruginosas da superfície 3 são mais friáveis, quartzo-goethíticas, colunares, vermelhoamareladas a amarelo-alaranjadas, apresentam textura vermiforme com matriz argilo-ferruginosa microagregada e bioturbada, alcançando até 2 m de espessura. A superfície 4 inclui as planícies aluviais inferiores. O objetivo deste estudo foi entender a formação dessas superfícies regolíticas, suas relações, o impacto da dinâmica laterítica e as influências continentais como agentes formadores/controladores da paisagem. A área foi estudada por meio de imagens SRTM, perfis de varredura e Índice de Concentração de Rugosidade, bem como controle de campo, texturas, mineralogia, análise geoquímica e traços de fissão em apatita. Essas técnicas permitiram contribuir na modelagem térmica da Província Tocantins e investigar episódios de resfriamento/aquecimento e a possível influência desses processos na evolução do regolito do Centro-Oeste brasileiro. A superfície 1 marca o evento regional de erosão, enquanto as superfícies 2 e 3 marcam dois episódios de ferruginização relacionados a lateritização e mudança climática sazonal seca a úmida. A superfície 4 esculpe as planícies. As características dessas superfícies sequenciais foram produzidas a partir do final do Paléogeno em complexo processo paisagístico modelado por um extenso regime erosivo UnB|IG|PPG Geologia iv resultante de movimentos tectônicos durante a evolução do Oceano Atlântico e clima tropical. Os ATF identificaram dois modelos de resfriamento para a região que indicam taxas de erosão de 60-80 m Myr-1 compatíveis com a formação de crostas lateríticas apenas nos últimos 20 Ma quando a taxa de erosão decresceu.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - TIAGO AMÂNCIO NOVO - UFMG
Externa à Instituição - MARIA LÍDIA MEDEIROS VIGNOL - UFRGS
Presidente - 1210338 - ADRIANA MARIA COIMBRA HORBE
Interno - 1303786 - ELTON LUIZ DANTAS
Interno - 1852544 - JEREMIE GARNIER
Notícia cadastrada em: 02/05/2023 11:29
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