Banca de QUALIFICAÇÃO: Valentina Bocanegra Olivera

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Valentina Bocanegra Olivera
DATA : 08/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do IG e Teams
TÍTULO:

Decifrando a evolução magmático-hidrotermal da mineralização de ouro no depósito Rhyaciano de Cu-Au Lavra Velha, Bahia, Brasil.


PALAVRAS-CHAVES:

IOCG; Turmalina; EPMA; Fonte de fluido; Cráton do São Francisco


PÁGINAS: 59
RESUMO:

O depósito de Au-Cu Lavra Velha (LV) está localizado na porção norte do Cráton do São Francisco, no estado da Bahia, Brasil. Esse depósito é hospedado por um extenso corpo de granito e se restringe a um conjunto de brechas e minérios maciços com um alto teor de sulfetos sobre magnetita/hematita com um teor significativo de turmalina hidrotermal. Para restringir as fontes de fluido, inferir a evolução das fases magmáticas tardias para hidrotermais e determinar o modelo do depósito do minério de LV, este projeto é desenvolvido por meio de várias técnicas, como descrições petrográficas, química mineral em silicatos e sulfetos e análises isotópicas B-O. Assim, o corpo de minério tem, na parte mais profunda do sistema, uma alteração incipiente de albita, seguida por minérios maciços, brechas de sulfeto e veios de óxido de ferro relacionados com uma entrada significativa de quartzo-turmalina para o estágio proximal e clorita-carbonatoepidoto-quartzo-magnetita penetrante na parte distal. Mais pra a superficie, o depósito tem um processo avançado conformado por mica branca enriquecida em Cr-Ba coexistindo com magnetita euédrica substituída por hematita. A turmalina representa uma fase importante tanto no granito hospedeiro quanto na mineralização de ouro. Em termos de textura, há 5 tipos de turmalinas em LV: diques de turmalina- pórfiro e granito (Tur 1), brechas de sulfeto (Tur 2), veios e brechas de óxidos de Fe (Tur 3), alteração de mica branca (Tur 4) e veios tardios de quartzo-turmalina-magnetita (Tur 5). As turmalinas pertencem principalmente ao grupo alcalino, com composições de dravita e algumas schorliticas, sem qualquer diferenciação forte através dos componentes principais. Os vetores de troca que dominam são MgFe-1 e (□Al)(NaR2+)-1, com contribuições na troca deficiente de álcalis (□Al)(NaR2+)-1, desprotonação (AlO)(R2+OH)-1, (NaAl)(CaR2+)-1 e (□Al2)(CaR2+ 2)-1, favorecendo condições reduzidas. Os minerais de sulfeto, como pirita, arsenopirita, tennantita, calcopirita, galena, esfalerita e minerais de Bi, juntamente com ouro e óxido de Fe, representam uma associação única. A análise química em sulfetos indica um fluido rico em Co, Bi, As, Cu e Au, relacionado com inclusões de minerais de ETR e U que nos ajudam a inferir um IOCG reduzido como modelo genético, além do importante conteúdo de óxido. Uma característica intrincada é a mica branca generalizada, rica em Cr e Ba, unida à martita e ao ouro na parte mais rasa do sistema, indicando fluidos mais ácidos e condições oxidantes. Diferentes condições redox que poderiam indicar diferentes fontes/fluidos serão melhor estudadas com elementos traços e análise isotópica em turmalinas e sulfetos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2697315 - MARIA EMILIA SCHUTESKY
Interno - 1303786 - ELTON LUIZ DANTAS
Interno - 1336460 - FEDERICO ALBERTO CUADROS JIMENEZ
Interna - 1644358 - PAOLA FERREIRA BARBOSA
Interno - 1057547 - VALMIR DA SILVA SOUZA
Notícia cadastrada em: 04/12/2023 12:05
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