Do abandono ao retorno: memórias e histórias das mulheres estudante na Educação de jovens e adultos
Mulher. Educação. Educação de Jovens e Adultos.
Esta pesquisa teve como objetivo compreender,
com base nas memórias e histórias das mulheres
adultas da Educação de Jovens e Adultos, os
sentidos atribuídos ao retorno à vida escolar,
identificando em que medida a escolarização
contribui para a superação das desigualdades
entre os gêneros e as mazelas sociais. A
investigação tem natureza qualitativa, por meio
de entrevistas narrativas. Este método possibilita
a escuta de sujeitas que vivenciaram uma
determinada experiência, mediante a
reconstrução de acontecimentos sociais pela
perspectiva do entrevistado. O tratamento dos
dados obtidos foi analisado pelo viés da proposta
de Schutze. Os principais pressupostos teóricos
encontram-se em Paulo Freire, Sueli Carneiro,
Heleieth Saffioti, Lélia Gonzales, Angela Davis,
Mary Del Priore e Maria Helena Bastos e Nita
Freire. A Pesquisa revela que a historicidade do
processo educacional do Brasil explica os
índices de mulheres não alfabetizadas na época
atual, agregada a características sociais
brasileiras como desigualdade, racismo,
machismo e sexismo, os quais aparecem nas
histórias de vida destas sujeitas, justificando sua
ausência da escola na infância e adolescência.
No entanto, a luta pelo resgate de suas
humanizações,justifica sua presença na escola
pela via da Educação de Jovens e Adultos.