Barreiras psicológicas em crianças: Um estudo exploratório sobre a transmissão da dengue
mosquito da dengue; educação ambiental; valores; crenças; barreiras psicológicas
A Dengue é uma infecção arboviral encontrada em regiões tropicais e subtropicais, transmitida por mosquitos hematófagos do gênero Aedes spp. e responsável por milhões de casos todos os anos. Campanhas públicas e currículos educacionais são projetados para educar as pessoas, incluindo crianças. No entanto, o que tem sido relatado é que muitos decidem não seguir essas diretrizes, mesmo sabendo supostamente o que deve ser feito. Para entender esse fenômeno, este estudo tem como objetivo identificar barreiras psicológicas por trás da adoção de comportamentos pró-ambientais que buscam reduzir a população do Aedes aegypti. Para isso, estudantes do ensino fundamental participaram de dois estudos responsáveis por (1) adaptar a escala de Barreiras Psicológicas dos Dragões da Inação (DIPB) para o grupo-alvo (n = 150) e, em seguida, (2) testá-la em um grupo maior (n = 449). Na Análise Fatorial Exploratória, a correlação de Bartlett (valor de p < 0,001), o alfa de Cronbach (0,83) e a análise KMO (MSA geral = 0,84) mostraram que os dados eram adequados para a análise fatorial. Cinco fatores foram retidos pelo Critério de Kaiser e pelo teste de scree (ou seja, Metas Conflitantes e Mudanças Desnecessárias – α 0,76, Relações Interpessoais – α 0,72, Metas Conflitantes e Falta de Conhecimento – α 0,58, Tokenismo – α 0,73, e Tokenismo em Relação ao Governo – α 0,66). Após isso, a escala foi testada em onze escolas públicas diferentes, onde os estudantes também responderam a um questionário sobre o mosquito. Os resultados sugeriram que os fatores Metas Conflitantes e Falta de Conhecimento e Tokenismo em Relação ao Governo apresentaram um nível mais alto de concordância (médias: 2,6 e 2,12 de cinco, respectivamente). Aqueles que pontuaram mais alto no questionário sobre o mosquito tiveram os fatores Metas Conflitantes e Mudança Desnecessária e Relações Interpessoais inibidos em comparação aos outros (valor de p < 0,05). Esses resultados sugerem que futuras propostas educacionais devem construir diferentes ações, que foquem em abordar tanto fatores internos quanto externos, criando um mosaico de projetos, com diferentes objetivos, cada um visando diferentes desafios ambientais.