“Apropriações da Inteligência Artificial para a Escrita por Estudantes com Deficiência Visual na Universidade: benefícios, barreiras e riscos”
Deficiência visual; Inteligência Artificial; Escrita; Educação Superior.
Esta dissertação tem por objetivo examinar as diferentes maneiras pelas quais a Inteligência Artificial generativa (IAgen) tem sido apropriada por estudantes com deficiência visual na universidade, com o intuito de compreender criticamente se a IA para a escrita tem sido ou não utilizada por esses sujeitos de modo associado a outras tecnologias. Além do mais, a pesquisa examina o que estudantes com deficiência visual dizem sobre os benefícios, as barreiras e os possíveis riscos no contexto de apropriação da IAgen para a escrita acadêmica. Esta dissertação, trabalha com a perspectiva do Modelo Social da Deficiência. As entrevistas semiestruturadas, junto a oito estudantes com deficiência visual da Universidade de Brasília (UnB), sendo cinco da graduação e três da pós-graduação, dos quais duas Pessoas com cegueira, cinco com baixa visão e uma com visão monocular. Dos resultados obtidos, destaco a “Otimização de tempo”, “Compreensão da informação” e “Revisão de texto”, como as subcategorias com mais unidades de contexto identificadas como “Benefícios”. Quanto aos “Riscos”, os mais recorrentes foram o “Plágio”, a “Inveracidade das informações” e a “Fragilidade na formação”. As principais subcategorias relacionadas as “Barreiras” foram “Textos inacessíveis”, “Mais tempo PcD” e “Processo cognitivo”. É possível concluir, que os estudantes com deficiência visual, na universidade, são beneficiados com a apropriação da IAgen para escrita acadêmica, no entanto, o uso dessa tecnologia também é cercado de riscos e barreiras, pois essas ferramentas ainda não são totalmente acessíveis, de modo a atender as necessidades específicas desses usuários