INFÂNCIA, PANDEMIA E EDUCAÇÃO: Vivências e espacialidades de crianças em meio à crise
Infância, Pandemia, Covid-19, Teoria Histórico Cultural, Mapas Vivenciais.
Esta tese tem como objetivo geral analisar as vivências de crianças do Distrito Federal no contexto da pandemia do Covid-19, durante o período de isolamento social imposto pelo vírus e no contexto de retomada das atividades escolares presenciais. O trabalho surge a partir da constatação de que as lacunas impostas pela conjuntura pandêmica representaram ameaças para as vidas de crianças em diferentes posições sociais, históricas e geográficas. Compreende-se que as crianças estabelecem relações originais com o espaço e articulam-se distintos enfoques teóricos que dão visibilidade à participação das crianças como sujeitos de saber. O campo empírico foi realizado em duas escolas do Distrito Federal em territórios urbanos e rurais. A metodologia consistiu na elaboração de espaços de escuta diálogo que permitiram a produção de representações espaciais que narram o que as crianças sentiram e viveram durante a pandemia. Os Mapas Vivenciais constituem o instrumento central para a produção da informação desta abordagem metodológica. As análises apontam que as crianças reinventaram suas práticas espaciais durante a pandemia como parte de um processo de reelaboração criadora do espaço, de suas dinâmicas e sentidos. A escola emerge em suas narrativas como centro da vida relacional das crianças, espaço de resistência da vida como cooperação.