Conselho de classe em uma escola militarizada do Distrito Federal
conselho de classe; avaliação; educação; militarização escolar.
O Brasil vivencia desde a década de 1990 o fenômeno de militarização de escolas públicas, cuja gestão é compartilhada ou transferida para a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros ou Forças Armadas do Brasil. No Distrito Federal, o governo local propôs por meio do Decreto n.º 01 de 31 de janeiro de 2019, o programa de gestão compartilhada das escolas públicas com a Polícia Militar do Distrito Federal e que tende a se expandir com o Programa de Escolas Cívico Militares (Pecim) do Governo Federal, aprovado no mesmo ano. Esse programa tem gerado debates efervescentes por ser uma experiência recente e pela polêmica que envolve a militarização escolar, especialmente no que concerne à organização do trabalho pedagógico. Partiu-se do pressuposto que o conselho de classe, espaço-tempo de avaliação estudantil e do trabalho escolar, poderia ser influenciado com a militarização escolar. Assim, esta dissertação que integra o conjunto de produções científicas desenvolvidas pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho Docente, Didática e Organização do Trabalho Pedagógico – Prodocência, no âmbito do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), na Linha de Pesquisa: Profissão Docente, Currículo e Avaliação (PDCA), teve como questão central de pesquisa: quais concepções e práticas de conselho de classe em uma escola militarizada do Distrito Federal? Como objetivo geral: analisar concepções e práticas de conselho de classe em uma escola militarizada do Distrito Federal. Como objetivos específicos: a) identificar como o conselho de classe é retratado em documentos oficiais; b) refletir sobre os sentidos constituídos por professores, gestor pedagógico, gestor disciplinar e estudantes acerca do conselho de classe em uma escola militarizada; e c) compreender o desenvolvimento do conselho de classe em uma escola militarizada. |