A constituição do Ser-Saber pela Tradição Oral de Matriz Africana: Ancestralidade, Educação e a (Po)Ética da Oralidade na Transmissão de Saberes em Diáspora
Educação; Tradição Oral de Matriz Africana; Expressões Culturais Tradicionais; Povos e Comunidades Tradicionais; Decolonialidade.
Os processos educativos na Tradição Oral de Matriz Africana promovem a constituição do Ser-Saber a partir de movimentos de (re)existência fundados na consciência da Ancestralidade, desde a compreensão da unidade humano-natureza como indissociável. Desta forma, os processos educativos da transmissão oral de saberes tradicionais têm na ancestralidade o seu fio condutor e configuram-se como processos que educam para a liberdade, pois constituem seres humanos não fragmentados pela modernidade/colonialidade na consciência de si como seres históricos e ancestrais, e que por isso posicionam-se no mundo como resistências-reexistentes, desde a Natureza. É desenvolvida a compreensão da Oralidade como um sistema de pensamento, um fundamento civilizatório, epistêmico, um lugar de produção e sustentação do território da Diáspora, por meio dos corpos-territórios que fazem viva a Tradição. Dessa forma, a Tradição Oral de Matriz Africana, enquanto processo educativo, de constituição da existência, proporciona intencionalmente processos educativos voltados ao comprometimento ético a partir de fundamentos vivenciados por comunidades de Matriz Africana em Expressões Culturais, Povos e Comunidades Tradicionais.