A LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS: ENTRE OS SABERES DOS SUJEITOS CAMPONESES E A PRÁXIS PEDAGÓGICA DOS EDUCADORES NA UNIVERSIDADE
Educação do Campo; Alternância; Formação de Educadores ; Direitos Sociais; Diálogo de Saberes
Esta tese analisa os processos educativos na Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Goiás – UFG. De modo particular, busca investigar as inflexões, desafios e potencialidades socioinstitucionais e político-pedagógicas das trocas de saberes dos sujeitos camponeses e a práxis pedagógica dos educadores. Notadamente, o objetivo geral do estudo se apontou em identificar a gênese e o desenvolvimento dos processos educativos estabelecidos no âmbito da LEdoC/UFG e compreender como esses processos contribuem para qualificar e/ou transformar os espaços socioculturais das comunidades de origem dos educandos trabalhadores e a dinâmica de transformação da universidade, a partir da troca de saberes. Para compreensão do objeto de pesquisa proposto foi definido como base epistemológica o Materialismo Histórico Dialético. Nossa questão central foi: de que maneira as experiências educativas de formação de educadores do campo alteram os saberes da universidade e dos sujeitos, relações sociais e territórios do público alvo. A investigação contou com uma diversidade de procedimentos metodológicos, composto por pesquisas bibliográfica, documental e pesquisa de campo, tendo como instrumento para geração de dados a realização de entrevistas semiestruturadas e observações participantes com discentes e docentes do curso. Como resultados alcançados a presente investigação identificou que a experiência da Licenciatura em Educação do Campo da UFG revela que a história de vida e militância política e social dos discentes trabalhadores do campo alteram a dinâmica formativa da universidade, assim como, alteram também as práticas docentes dos educadores de nível Superior que nela atuam.