Banca de DEFESA: MARIANA VISCONTE ESCRIVÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA VISCONTE ESCRIVÃO
DATA : 07/02/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Online
TÍTULO:

Psicanálise, Mulheres e Dinheiro: Interseções e Perspectivas


PALAVRAS-CHAVES:

mulher, dinheiro, psicanálise, intersecções, W. Bion


PÁGINAS: 115
RESUMO:

Esta dissertação, estruturada em três artigos, buscou compreender, por meio da psicanálise, os atravessamentos do dinheiro na dinâmica psíquica das mulheres, considerando as barreiras econômicas, culturais e psíquicas que perpetuam esquemas de dependência e invisibilidade feminina. Cotidianamente, escutamos e reproduzimos frases tais como: “mulher não sabe lidar com dinheiro” ou “dinheiro é coisa de homem”. Estas frases perpetuam a caracterização da mulher como uma pessoa dependente, frágil e incapaz de tomar decisões por si própria, mesmo quando é autônoma e independente financeiramente. Nesse sentido, no primeiro artigo discutimos como, historicamente, a mulher, atravessada por construções socioculturais e econômicas, vem sendo apartada de uma relação direta com o dinheiro. Apesar do trabalho produtivo e de prover o próprio sustento, a mulher continua presa a teias sociais e psíquicas nas quais ela permanece abaixo do homem. Em seguida, no segundo artigo, partimos de uma revisão narrativa da obra de Freud, em que abordamos suas concepções sobre o dinheiro e sexualidade feminina. Apresentamos que a apropriação do dinheiro, por parte da mulher, como ato simbólico, desafia a lógica falocêntrica e abre novas possibilidades de subjetivação. Concluímos este momento destacando a importância de expandir a perspectiva psicanalítica, desconstruindo narrativas limitantes e promovendo narrativas que fortaleçam a posição das mulheres no mundo. Para finalizar, no terceiro artigo, tendo a teoria continente-conteúdo de Wilfred Bion como lente teórica principal, propomos um modelo de como o dinheiro atravessa a dinâmica psíquica das mulheres. Propomos que o dinheiro, enquanto conteúdo emocional carregado de significados sociais, culturais e históricos, frequentemente chega às mulheres como elementos beta, ainda não metabolizados pelo aparelho psíquico devido a um continente social rígido e patriarcal. A psicanálise clínica é apresentada como um continente capaz de oferecer ressonância e legitimação para novas experiências emocionais. Argumentamos que a ampliação da escuta psicanalítica pode abrir espaço para novas narrativas que subvertem padrões normativos e promovam mais espaço psíquicos e sociais de autonomia, e não de dependência. Concluímos sugerindo que a transformação da relação das mulheres com o dinheiro depende tanto de mudanças culturais quanto de escutas psicanalíticas que possibilitem a abertura de espaços psíquicos e sociais que sustentem metabolização de experiências financeiras recursos psíquicos que fortaleçam as mulheres.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA CECÍLIA PEREIRA DA SILVA - PUC - SP
Presidente - 2774496 - CARLA SABRINA XAVIER ANTLOGA
Externa à Instituição - MARINA MAIA DO CARMO - UNIPROJEÇÃO
Externa ao Programa - 2316467 - RENATA ALVES MONTEIRO - null
Notícia cadastrada em: 16/01/2025 08:32
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