Mulheres Indígenas, Saúde Mental/Bem Viver e Gênero: Experiências de Mulheres Indígenas Trukás em contextos de mudanças
Saúde Mental; Indígenas; Mulheres; Mudanças Socioambientais
A presente dissertação buscou realizar uma investigação sobre a saúde mental de mulheres indígenas Trukás, localizadas em Pernambuco. Além disso, foi investigado as questões que perpassam a vida dessas mulheres, como: violências, saúde mental e o contato com as mudanças socioambientais, advindas da obra de Transposição do Rio São Francisco. Neste trabalho foram realizados estudos de revisão, estudos históricos e entrevistas qualitativas com mulheres indígenas residentes na comunidade indígena Truká. A dissertação é composta por três artigos, sendo o primeiro uma revisão global sobre a saúde mental das mulheres indígenas, entre os anos de 2000 a 2025. Os resultados apontaram escassez de estudos na área e como o acesso a direitos básicos e políticas públicas é um fator de proteção à saúde mental de mulheres indígenas ao redor do mundo. No segundo artigo, foi realizado um estudo histórico-social sobre as populações indígenas no Nordeste e, especificamente, no Estado de Pernambuco, principalmente sobre a etnia Truká, até os dias de hoje. Nesse estudo, foram apontadas as mudanças, culturais, ambientais e sociais, ao longo dos anos e os possíveis impactos para as mulheres. No terceiro estudo, oito mulheres indígenas Trukás foram entrevistadas sobre suas percepções sobre questões como: violências contra a mulher, benefícios sociais e políticas públicas, tradições, urbanização e saúde mental. Os resultados do estudo corroboram com os dados da literatura sobre a necessidade de políticas públicas que promovam o bem viver das mulheres. Em resumo, o presente trabalho buscou demonstrar o cenário das mulheres indígenas Truká em meio a mudanças socioambientais significativas e os possíveis impactos à saúde mental dessas mulheres.