Banca de DEFESA: Jaqueline Medeiros Silva Calafate

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Jaqueline Medeiros Silva Calafate
DATA : 29/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: UnB
TÍTULO:

VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES INDÍGENAS NO BRASIL: INVISIBILIDADES, EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS PARA A PSICOLOGIA NA ATUAÇÃO DA “SAÚDE MENTAL” INDÍGENA


PALAVRAS-CHAVES:

 mulher indígena; violência contra mulher indígena; psicologia; saúde indígena.


PÁGINAS: 131
RESUMO:

A presente tese buscou realizar uma investigação sobre o tema da violência contra mulher indígena no contexto da saúde, outorgada a essas populações por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena. Partindo da experiência da autora que atuou como psicóloga por nove anos nesse espaço e o diário de campo de todos esses anos, foram se construindo os caminhos percorridos neste trabalho. Dessa forma, foram escritos cinco artigos, sendo o primeiro deles uma revisão sistemática de literatura das produções no campo da psicologia, sobre saúde mental” e povos indígenas, entre os anos de 2014-2020. Os resultados demonstraram uma escassez de produção nessa área, bem como a necessidade de qualificar melhor as epistemologias utilizadas nas discussões propostas. O tema da violência contra mulheres indígenas mostrou-se quase inexistente. No segundo artigo procurou-se realizar um levantamento e análise dos dados de violência contra as mulheres indígenas entre 2007 e 2017, disponíveis nos sistemas Viva/SINAN e SIASI do Ministério da Saúde. Evidenciou-se um descompasso importante de informações entre os sistemas e um número significativo de violências contra mulheres indígenas, perfazendo 60,51% do total de casos de violências notificadas nessa população. O terceiro artigo propôs caracterizar o perfil dos profissionais de psicologia atuantes na SESAI/MS por meio de um questionário semi-estruturado enviado a esses profissionais. A maior parte dos participantes, embora perceba a violência doméstica contra mulheres indígenas como um dos problemas mais frequentes nas comunidades aldeadas, não se sente confiante para atuar com essa demanda, seja pela fragilidade em sua formação, seja pela falta de apoio institucional interno e de rede nesses casos. Nos dois últimos artigos, foram realizadas imersões de campo em um território indígena do interior do nordeste brasileiro. Trata-se de uma etnia ressurgida em que a autora se propôs a atender grupos de mulheres e acompanhar casos de violência. O quarto artigo constitui-se como uma análise de casos múltiplos, na qual foram selecionadas 4 histórias de violência contra mulheres, prototípicas na comunidade. Já no último artigo, realizou-se um estudo de caso sobre uma história de estupro de uma jovem indígena, com transtorno mental grave, e cujo direito de acesso ao aborto legal não estava sendo garantido. Ao final, considera-se que o presente trabalho buscou retratar a trajetória e a atuação da psicologia brasileira no contexto da saúde indígena, através do recorte da violência contra mulher. Buscou-se aqui repensar a produção dos saberes e práticas psicológicos a partir de uma perspectiva decolonial e do feminismo comunitário.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - IARA FLÔR RICHWIN FERREIRA
Externa à Instituição - REIJANE PINHEIRO DA SILVA
Externa ao Programa - 2079994 - TANIA MARA CAMPOS DE ALMEIDA
Presidente - 1839720 - VALESKA MARIA ZANELLO DE LOYOLA
Notícia cadastrada em: 12/07/2022 10:05
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