Banca de DEFESA: Patricia da Cunha Pacheco

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Patricia da Cunha Pacheco
DATA : 06/01/2023
HORA: 15:00
LOCAL: https://meet.google.com/zmg-uyme-uru
TÍTULO:

A Clínica psicanalítica com crianças em situação de vulnerabilidade acolhidas institucionalmente


PALAVRAS-CHAVES:

Psicanálise, crianças, acolhimento institucional


PÁGINAS: 110
RESUMO:

O presente estudo busca analisar o trabalho do psicanalista em uma instituição de acolhimento para crianças e adolescentes e teve como ponto de partida as questões vivenciadas no cotidiano do serviço, as dificuldades para o desenvolvimento das intervenções e os impasses frente à escuta psicanalítica nessa instituição. Um dos pontos que provocou o desejo de analisar essas dificuldades relaciona-se à escassez de pesquisas sobre o tema, principalmente no que se refere ao trabalho do psicanalista inserido nos serviços de acolhimento. O objetivo geral da pesquisa é investigar a clínica psicanalítica nas instituições de acolhimento para crianças e adolescentes e seus efeitos. Os objetivos específicos são conceituar teoricamente a clínica psicanalítica nestas instituições, analisar o sofrimento das referidas crianças, os não-ditos e seus efeitos psíquicos e a condição de estrangeiridade que comparece no discurso de algumas crianças atendidas e propor uma articulação teórico-prática do trabalho do psicanalista inserido nas instituições de acolhimento. Para tal, fez-se necessária uma pesquisa bibliográfica sobre a clínica psicanalítica em instituições de acolhimento, procurando analisar as especificidades das intervenções nesse contexto. A fim de articular o trabalho psicanalítico em uma instituição de acolhimento, recorreu-se à teoria de Freud e de Lacan, e de autores contemporâneos, uma vez que se trata de uma conceitualização capaz de abrir o campo da intervenção psicanalítica fora do consultório tradicional. A partir dessa conceitualização, foi possível pensar a técnica psicanalítica apoiada na ética da falta-a-ser e no desejo de psicanalista. No texto sobre a direção do tratamento, Lacan (1958) nos fala que “tudo aquilo que escuto é por ouvir” (p.622), ou seja, é na radicalidade da escuta que o psicanalista pode operar onde quer que ele esteja. As intervenções se desenvolveram a partir da construção de um dispositivo clínico de escuta, no qual colocar o corpo como empréstimo para que os fenômenos transferenciais pudessem acontecer se mostrou imprescindível, pois o que estava em jogo era a escuta de um sujeito que muitas vezes se encontrava silenciado diante do sofrimento. A clínica psicanalítica em uma instituição de acolhimento se mostrou possível apoiada na ética da psicanálise, já que se sabe que se o psicanalista renuncia a ela, as ações viram apenas ações, as palavras permanecem palavras e se perde a especificidade do saber do psicanalista.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1517148 - DANIELA SCHEINKMAN CHATELARD
Interna - 1032047 - KATIA CRISTINA TAROUQUELLA RODRIGUES BRASIL
Interna - 3017634 - MARCIA CRISTINA MAESSO
Externa à Instituição - SANDRA FRANCESCA CONTE DE ALMEIDA - UNICEUB
Notícia cadastrada em: 14/12/2022 10:28
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