Banca de DEFESA: Lilian de Castro Moraes Pinto

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Lilian de Castro Moraes Pinto
DATA : 01/07/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Estudo da dinâmica do mercúrio no ambiente e na cadeia trófica aquática de uma planície de inundação do Cerrado


PALAVRAS-CHAVES:

Rio Araguaia; Geologia; Urbanização; Aninhado; Hg; Cadeia alimentar; BSAF.


PÁGINAS: 150
RESUMO:

O mercúrio (Hg) é um elemento químico disponível naturalmente na crosta terrestre, no entanto, sua capacidade de bioacumulação nos organismos, e biomagnificação ao longo das cadeias tróficas, tornou-se motivo de preocupação. Nesta pesquisa, inicialmente fez-se um levantamento acerca da pesquisa sobre mercúrio no Brasil (Capítulo 3). Ao constatar que havia poucos estudos sobre essa temática em Biomas diferentes da Amazônia, o objetivo geral desse estudo foi determinar a concentração de Hg em compartimentos ambientais e biológicos de ecossistemas aquáticos do Bioma Cerrado, visando avaliar o risco à população humana e o potencial desse elemento como ferramenta para identificar o nível trófico das espécies de peixe. Para esta pesquisa, foram percorridos 750km do Médio Rio Araguaia para coleta de água, sedimentos, plâncton e peixes em 50 lagos da planície de inundação do Rio Araguaia. Os resultados indicaram que a interação entre o uso da terra e a formação geológica em cada ponto amostral influenciou a concentração de mercúrio total (THg) em sedimentos de fundo e nos parâmetros físico-químicos da água: pH, condutividade e TDS (ANOVA aninhada: p < 0,05), revelando que essa interação é um fator relevante para a presença de THg no Rio Araguaia. As concentrações de mercúrio foram significativamente menores em terrenos quaternários (p < 0,0003) e diferiram significativamente entre áreas não urbanas e urbanas em terrenos neoproterozóicos (p = 0,02) (Capítulo 5). Comprovou-se que o mercúrio adentra a cadeia trófica aquática dessa região, sofrendo biomagnificação à medida que se aproxima do topo da cadeia alimentar. Em relação aos peixes, identificou-se espécies como a “dourada” (Pellona castelnaeana) e o “cruzador” (Agoniates halecinus), entre outras, com concentrações de mercúrio acima do limite considerado seguro para alimentação dos seres humanos, aumentando a necessidade de monitoramento da saúde ambiental do Rio Araguaia (Capítulo 6). A comparação intra-específica da concentração de mercúrio em peixes mostrou diferença entre indivíduos capturados em locais distintos. Sabe-se que a espacialidade interfere na posição trófica de uma espécie e as análises estatísticas revelaram que, o nível trófico de uma espécie considerando o tamanho de cada indivíduo, explica 97% da variabilidade na concentração de THg em todas as espécies de peixes estudadas. A análise de regressão múltipla confirmou que o comprimento padrão e os valores de FishBase (níveis tróficos) estão associados positivamente com THg (R2 = 0,980). Esses resultados apontam o Hg, e o seu fator de acumulação biota-sedimento, como indicadores viáveis da posição trófica de uma espécie de peixe, uma vez que refletem fatores biológicos e ambientais locais, como demonstrado aqui para o Médio Rio Araguaia (Capítulo 7).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1412797 - JOSE VICENTE ELIAS BERNARDI
Externo ao Programa - 1122801 - JURANDIR RODRIGUES DE SOUZA - nullInterno - 1524495 - LUDGERO CARDOSO GALLI VIEIRA
Externo à Instituição - OLAF MALM - UFRJ
Externo à Instituição - WANDERLEY RODRIGUES BASTOS - UNIR
Notícia cadastrada em: 30/06/2023 12:28
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