Banca de QUALIFICAÇÃO: RITA MARIA SANTOS HONOTORIO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RITA MARIA SANTOS HONOTORIO
DATA : 18/03/2024
HORA: 16:30
LOCAL: Auditório PPGDH
TÍTULO:
AS MULHERES KALUNGA EXTRATIVISTAS NATURAIS E A REPRODUÇÃO DA DESIGUALDADE: Um Debate Sobre Branquitude, Exploração e Usurpação a Partir do Estudo de Caso do Registro de Exclusividade da Marca "Baunilha do Cerrado"

PALAVRAS-CHAVES:
Mulheres quilombolas; Kalunga, Quilombo, Usurpação; Exploração, Expropriação de conhecimentos; Desigualdade, Baunilha Kalunga, Branquitude, Racismo, Economia, Redes, Politica Pública
 

PÁGINAS: 45
RESUMO:

A pesquisa pretende analisar os processos de usurpação e expropriação pelos quais tem passado historicamente os povos e comunidades tradicionais no Brasil e em especial as mulheres extrativistas tradicionais do Território Kalunga de Goiás e Tocantins. O enfoque será dado nos instrumentos de análise e observação das dinâmicas das classes dominantes no contato com as mulheres quilombolas. Essas mulheres são, em sua maioria, extrativistas, que trabalham com produtos e serviços de base tradicional para o sustento e que comercializam o excedente como forma de geração de renda. A discussão central é sobre racismo e desigualdade, a partir dos aspectos culturais e econômicos e com o suporte teórico dado pelo livro Sociedade Desigual (Theodoro, 2022) e a discussão sobre branquitude produzida por Cida Bento (2022). A pesquisa busca analisar, a partir de casos concretos a serem estudados, como é o caso do registro de exclusividade da marca "Baunilha do Cerrado" pelo Instituto ATÁ, as redes articuladas que desenvolvem projetos apoiados por políticas públicas de incentivo financeiro, com vistas a desenvolver atividades que contemplem a pauta de sustentabilidade e cultura. O projeto busca compreender quais são os artifícios de convencimento ou de omissão de informações mobilizados pelos agentes, para convencer essas mulheres a participarem de seus projetos e como isso pode refletir dinâmicas de exploração e expropriação de saberes e trabalho. Além disso, nos interessa aqui saber se as mulheres têm a base da compreensão necessária dos processos que estão envolvidas, para produzir análise acerca de como esses casos acabam por reforçar relações baseadas na usurpação de direitos.
A temática da pesquisa a ser desenvolvida pressupõe um olhar atento para as mulheres quilombolas extrativistas que estão em constante movimento para a transformação da realidade social que assola os territórios na atualidade e a dinâmica da exploração e expropriação dos conhecimentos, a partir de situações reais vivenciadas no território Kalunga. São mulheres produtoras, mestras dos saberes tradicionais, que buscam a partir dos conhecimentos e técnicas milenares preservadas no território, construir espaços para manifestar e incidir social e politicamente nas problemáticas que afetam suas comunidades, e que atuam dentro e fora do território como articuladoras. O enfoque do projeto está em compreender as Mulheres Kalunga extrativistas tradicionais e suas dinâmicas para resistir aos processos de exploração a partir das relações destas mulheres com outros segmentos e setores da sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 776981 - MARIO LISBOA THEODORO
Interna - 1193040 - ELEN CRISTINA GERALDES
Interno - 2290568 - WANDERSON FLOR DO NASCIMENTO
Externa à Instituição - GIVANIA MARIA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 11/03/2024 12:54
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