O sindicalismo achado na rua e a representatividade dos sujeitos coletivos de direito: a Federação Única dos Petroleiros diante da lógica neoliberal
Sindicalismo achado na rua, neoliberalismo, repertório, regulação social do trabalho, federação única dos petroleiros, ação coletiva
O problema de pesquisa questiona se a organização sindical petroleira, através da Federação Única dos Petroleiros - FUP, diversificou seu repertório de ações coletivas de sorte a confrontar os reflexos da lógica neoliberal na regulação do trabalho e ataque à organização sindical, em uma análise comparativa das reivindicações entre as greves dos petroleiros de 1995 e 2020. A hipótese se debruça na possibilidade real da existência de campo para avanço na disputa de narrativa no espaço regulatório neoliberal, por parte do sindicalismo da Federação Única dos Petroleiros (FUP). E assim se justifica a hipótese investigativa, sobretudo em meio à austeridade do capital sobre o trabalho e, ainda, em torno de projetos espoliativos de valorização do capital e arrocho ao movimento sindical. O objetivo geral da pesquisa está em compreender a existência ou não de um rearranjo de toda sistemática de conformação sindical para desenvolver um “novo” repertório de lutas e respostas sob “novas” formas de representação e organização. É verificar, portanto, se a FUP ostenta a categoria dialético ontológica de um “sindicalismo achado na rua”. O percurso metodológico se alinha à epistemologia histórico-dialética, a ser adotada a revisão bibliográfica de pesquisas clássicas e contemporâneas, além da análise documental primária e secundária, bem como a empiria via pesquisa de campo pelas entrevistas semiestruturadas de dirigentes sindicais. Um hibridismo pela análise de conteúdo e discurso será utilizado para interpretação e explicação dos dados e fenômenos em profundidade.