Banca de DEFESA: Thanise Barbosa Pinto Silva

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Thanise Barbosa Pinto Silva
DATA : 01/02/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Sala do PPG- MUS/Online
TÍTULO:

O que há de harmônico na melodia? Três harmonizações de uma melodia


PALAVRAS-CHAVES:

Música brasileira popular. Processo criativo. Análise musical. Harmonização. Harmonias primária e secundária.


PÁGINAS: 186
RESUMO:

Este trabalho de pesquisa é resultado da busca de respostas à pergunta “o que há de harmônico na melodia?”. Explora o processo criativo da harmonização no âmbito da música brasileira popular, dividindo este processo nas modalidades de harmonia primária, que consiste no reconhecimento do que há de intrinsecamente harmônico na melodia, e harmonia secundária, que consiste na concepção de uma harmonia essencialmente criativa, liberta do que se reconhece como intrinsecamente harmônico na melodia. Com o propósito de compreender o processo criativo da harmonização, foi realizada uma experimentação criativa com as compositoras-arranjadoras Célia Vaz, Débora Gurgel e a autora deste trabalho, que consistiu na harmonização da melodia da música Todas as manhãs, composta por esta autora, com letra de Letícia Fialho. A partir das harmonizações primárias e secundárias originadas dessa experimentação, realizaram-se análises comparativas com o intuito de compreender os fundamentos das decisões harmônicas em comum, elucidar a diversidade das soluções onde esta ocorreu, e respectivas motivações. Para nos aparelharmos para o trabalho de análise, foram abordadas três melodias do repertório de música brasileira popular a fim de reconhecer o que havia de intrinsecamente harmônico em cada uma delas e como essa harmonia intrínseca, primária, relaciona -se com a harmonia essencialmente criativa, secundária, concebida pelas(os) compositoras(es). A abordagem da experimentação criativa foi ampliada por meio de entrevistas não-dirigidas e da consulta às gravações do processo criativo de harmonização feitas pelas próprias compositoras-arranjadoras. As análises musicais deste trabalho foram fundamentadas nos princípios de Nicholas Cook (1987) e de Barrie Nettles e Richard Graf (1997). As perspectivas de Leonard Meyer (1956), Philip Tagg (1982) Fayga Ostrower (1987), John Blacking (2007) e Sérgio de Freitas (2010) foram incorporadas ao trabalho para expandir a análise musical e aprofundar a investigação do processo criativo. Os resultados obtidos consistiram na identificação de aspectos que propiciam o reconhecimento das implicações harmônicas das melodias e motivações que guiam o processo criativo. O trabalho de pesquisa demonstrou que o processo de reconhecimento da harmonia inerente a uma melodia não é dotado de objetividade, apresentando possibilidades e alternativas que variam de acordo com a(o) compositora(or)-arranjadora(or). Por outro lado, tal reconhecimento pode ser admitido pelo grupo social que estabelece as regras que envolvem expectativa e competência no contexto em que esse reconhecimento se efetiva. Demonstrou-se que a harmonia essencialmente criativa, denominada secundária, possui espectro amplo o suficiente para ser completamente desvinculada da harmonia inerente ou primária.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 404555 - FLAVIO SANTOS PEREIRA
Interno - 1123186 - SERGIO NOGUEIRA MENDES
Externo ao Programa - 2493625 - RENATO DE VASCONCELLOS
Externo à Instituição - SÉRGIO PAULO RIBEIRO DE FREITAS - UDESC
Notícia cadastrada em: 11/01/2023 10:57
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