Banca de QUALIFICAÇÃO: Alexandre Anselmo dos Santos

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Alexandre Anselmo dos Santos
DATA : 25/01/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Sala do PPG- MUS/Online
TÍTULO:

BAQUES, CUMBIAS E TXANÁS NO ACRE: TRAJETÓRIAS E PERMANÊNCIAS DAS MÚSICAS INDÍGENAS NAS FRONTEIRAS DA AMAZÔNIA SUL OCIDENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia. Acre. Baques. Musicologia. Descolonial.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

Esta pesquisa busca apresentar algumas trajetórias e permanências da música indígena Pano Aruak em gêneros musicais existentes no estado do Acre, que são denominados por gerações desde início do século XX, por Baques de samba e marcha, que, entre os diversos outros ritmos trazidos de outros estados do norte e nordeste durante o processo de colonização. O objetivo é demonstrar evidências, de como as epistemes podem construir suas autonomias demarcar sua identidade na área da a música indígena, neste caso, proveniente dos troncos Pano e Aruak, predominantes nesta região da Amazônia sul ocidental. Busca-se neste trabalho, um ponto de vista e sentido descolonial na fundamentação teórica e metodológica, a partir da utilização de uma historiografia que foi constituída de forma coletiva pela colaboração entre os povos originários do Acre, durante as formações técnicas promovidas por diversas organizações, para o ensino indígena desde a década de 1980; que delimitou os diversos momentos históricos vivenciados por estas populações em marcos expressos nos termos: Tempos da maloca, correria, cativeiro, direitos e atualmente, da cultura. Os dados reunidos, quando são alinhados a estes marcos, ajudam na contextualização e cruzamentos das informações, que foram levantadas em pesquisas de campo com mestres e mestras tradicionais: etnografias, taxonomias sobre a linguagem musical, escolas de tradição oral e registros em áudio e vídeo. O trabalho busca demonstrar a existência desta música, suas características e suas adaptações através do período já organizado pelos próprios povos indígenas. Os dados evidenciam a característica não linear da historiografia, pelo motivo de suas fontes terem resistido até o presente, onde ocorre como fenômeno, o convívio da música milenar em tempo e espaço com seus desdobramentos descendentes na experiência contemporânea. O panorama apresentado busca expôr os elementos constituintes, que se repetem e configuram uma linguagem em suas recorrências, adaptações, apropriações e maneiras de ocupação de espaços e autonomias na sociedade. Este trabalho trata da Amazônia invisível, do norte desconhecido e ao mesmo tempo global e ancestral, com objetivo de contribuir e informar sobre sua existência, considerando seus protagonismos e lugares de falas, buscando a aproximação entre epistemes distintas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 404555 - FLAVIO SANTOS PEREIRA
Interno - 1123186 - SERGIO NOGUEIRA MENDES
Notícia cadastrada em: 13/01/2023 13:55
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