Banca de DEFESA: Vanessa Cavalcante de Sena

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Vanessa Cavalcante de Sena
DATA : 05/06/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Núcleo de Medicina Tropical
TÍTULO:

Hepatite viral C: um estudo da mortalidade e das causas múltiplas de óbito no Distrito Federal.         


PALAVRAS-CHAVES:

Hepatite viral C; Mortalidade; Causas múltiplas de óbito


PÁGINAS: 130
RESUMO:

Pesquisas evidenciam que, apesar de ser adotado um modelo único de atestado de óbito e uma definição exata de causa básica, as estatísticas de mortalidade não são ainda completamente acuradas. A hepatite C é uma inflamação do fígado e seu coeficiente de mortalidade é calculado a partir da causa básica. Este indicador é utilizado para estimar o risco de morrer por essa doença e dimensionar a sua magnitude, no entanto, não reflete totalmente a contribuição da hepatite C na mortalidade, uma vez que  esse agravo é mencionado na Declaração de Óbito (DO) como causa associada em muitos óbitos em que a morte é atribuída a outras causas básicas. Tendo em vista que, no Distrito Federal (DF), de 2017 a 2021, mais de 65,1% dos óbitos de pacientes com hepatites virais foram atribuídos a outras causas básicas, esse estudo justificou-se pela necessidade de se ampliar o olhar para esse tema e identificar de que maneira os pacientes com hepatite C estão morrendo. Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo que teve como objetivo descrever os óbitos com menção da hepatite C na DO, de residentes no DF, ocorridos no período de 2006 a 2020. Foram utilizados os bancos oficiais, não nominais, do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Para extração e a análise dos dados foram utilizados os softwares TabWin, Microsoft Excel e Stata e as estimativas populacionais da Companhia de Planejamento do Distrito Federal. Para a análise de tendência foi realizada a regressão linear de Prais-Winsten. Entre 2006 e 2020, foram registrados 487 óbitos com menção de hepatite C. Destes, 229 (47,0%) tiveram a hepatite C como causa básica e 258 (53,0%) tiveram a hepatite C apenas como causa associada. Nas 229 DO em que a hepatite C é registrada como causa básica as causas consequenciais mais frequentes foram “outras formas de cirrose hepática e as não especificadas”, “septicemia” e “insuficiência hepática aguda, crônica ou sem outras especificações”. Nos 258 óbitos que tiveram a hepatite C como causa associada as causas básicas mais frequentes foram “carcinoma de células hepáticas ou neoplasia maligna do fígado, não especificada”, “doença pelo HIV resultando em outras infecções” e “cirrose hepática alcoólica”. As taxas de mortalidade por hepatite C como causa básica e as por hepatite C + carcinoma apresentaram tendências estacionárias para o coeficiente geral, para o sexo masculino e para as faixas etárias de 50 a 69 anos e 70 anos ou mais; e tendências decrescentes para o sexo feminino e para a faixa etária de 30 a 49 anos. Tanto no grupo que teve a hepatite C como causa básica, quanto no grupo que teve como causa associada, o maior percentual de pessoas tinha entre 50 e 69 anos, era do sexo masculino, da raça branca e possuía ensino superior incompleto. Este estudo evidenciou que a hepatite C foi submensurada como causa básica de morte e também a necessidade de capacitar os profissionais que preenchem as DO e de aperfeiçoar  as regras de seleção da causa básica e o sistema  de Seleção de Causa Básica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 235612 - MARIA REGINA FERNANDES DE OLIVEIRA
Interna - 484663 - ELISABETH CARMEN DUARTE
Interno - 1961891 - WILDO NAVEGANTES DE ARAUJO
Externa à Instituição - GERUSA MARIA FIGUEIREDO - USP
Notícia cadastrada em: 29/05/2023 15:44
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