AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS DE ENFRENTAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EXECUTADAS NO DISTRITO FEDERAL E EM MANAUS
Neoplasias do Colo do Útero, Revisão Sistemática, Avaliação em Saúde, Políticas de Saúde, Papilomavírus Humano
Introdução: O câncer de colo de útero é um problema de saúde pública mundial, particularmente em países menos desenvolvidos, dada a magnitude do agravo. Atualmente, ocupa o sétimo lugar no ranking mundial, sendo o quarto tipo mais comum na população feminina. No Brasil, este tipo de câncer ocupa a terceira posição na população feminina. Observando sua distribuição espacial no país é possível identificar que as maiores incidências se encontram nas regiões que possuem as piores condições socioeconômicas e maior dificuldade no acesso a serviços de saúde. O objetivo deste estudo é avaliar a implantação de novas estratégias de enfrentamento do câncer de colo de útero no SUS nos contextos de vulnerabilidade de duas capitais brasileiras, considerando o contexto internacional, nacional e a satisfação das usuárias. Métodos: A análise do contexto internacional foi realizada a partir de uma revisão sistemática. Em relação à pesquisa avaliativa, esta foi dividida em três etapas: descrição do contexto, estudo de avaliabilidade e análise de implementação. Resultados preliminares: A revisão sistemática demonstrou que o Brasil, em relação aos países da América Latina apresenta algumas divergências em relação a organização das estratégias de controle de câncer de colo de útero, no entanto há uma semelhança em relação a dificuldade na diminuição da incidência e mortalidade da doença. Quando comparado aos países do bloco mais desenvolvido, observa-se uma grande diferença na adoção da organização da rede devido a utilização do rastreamento organização e adoção de estratégias de rastreamento e prevenção pela vacinação de HPV o que leva ao Brasil a apresentar uma performance no controle de CCU inferior ao Canada, Inglaterra e Austrália. Conclusão: O Brasil conta com um sistema universal de saúde que pode potencializar o controle de colo de útero mas há necessidade de reorganização das estratégias presentes (rastreamento e vacinação), bem como do tratamento das lesões percursoras para que alcancemos a meta de eliminação de CCU proposta pela OPAS.