Banca de DEFESA: Mayra de Sousa Félix de Lima

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Mayra de Sousa Félix de Lima
DATA : 08/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

Coleiras caninas impregnadas para o controle da Leishmaniose Visceral: avaliação da suscetibilidade de Lutzomyia longipalpis ao piretróide deltametrina


PALAVRAS-CHAVES:

Lutzomyia longipalpis, Leishmaniose Visceral, Resistência


PÁGINAS: 112
RESUMO:

Leishmaniose Visceral (LV) é considerada um importante problema de saúde pública com casos autóctones registrados em 24 dos 27 estados brasileiros. O principal vetor da LV é o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis e os cães (Canis familiaris) são os principais reservatórios domésticos do protozoário Leishmania infantum. O uso de coleiras impregnadas com deltametrina a 4%, associada à tratamento químico contra Lu. longipalpis pode contribuir para o surgimento de resistência em flebotomíneos. Nesse contexto, o objetivo foi caracterizar o perfil de suscetibilidade de diferentes populações de Lu. longipalpis ao piretróide deltametrina em áreas com uso de coleiras impregnadas para controle de LV. A população suscetível de Lu. longipalpis foi procedente do insetário do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos do Instituto Oswaldo Cruz/RJ. As populações de campo foram oriundas dos municípios de Foz do Iguaçu/PR (FOZ), Teresina/PI (TER), Fortaleza/CE (FOR), Caucáia/CE (CAU), Montes Claros/MG (MOC) e Cavalcante/GO (CAV). Os flebotomíneos foram coletados com armadilhas luminosas do tipo CDC e/ou HP instaladas em peridomicílio durante 3 noites consecutivas, entre 17:00 às 8:00 horas. Populações de campo foram expostos aos bioensaios de garrafa do CDC (Wheaton de 250 ml) impregnados com DD de 21,9 ug/garrafa e 30 μg/garrafa. Para os experimentos de Dose-Resposta (DR) foram utilizadas as doses de 1, 3, 5, 7, 9 e 11 μg/garrafa. As garrafas do grupo controle foram impregnadas somente com acetona. Foram utilizados em média de 20 flebotomíneos (♂♂ e ♀♀ misturados) por garrafa e o tempo de exposição foi de 60 minutos. Três bioensaios foram conduzidos em diferentes dias e a leitura de mortalidade foi de 24h realizada por um único pesquisador. Um total de 4.094 flebotomíneos foram utilizados nos bioensaios de garrafas do CDC. Lu. longipalpis foi a espécie mais frequentemente coletada em todas as localidades (94%), seguidas por Migonemyia migonei (0,7%), Evandromyia lenti (0,5%), Evandromyia sallesi (0,3%), Nyssomyia whitmani (0,1%). Para DD de 21,9 μg/garrafa as populações procedentes dos municípios de FOZ, MOC, CAV e TER foram suscetíveis, enquanto que CAU apresentou mortalidade de 87,1%, sugerindo resistência e FOR demonstrou um valor de 94,9% sugerindo possível resistência. Para a DD de 30 μg/garrafa, CAU e TER apresentou possibilidade de resistência, porém as demais populações foram suscetíveis. RR50 variou entre 2,27 a 0,54 e a RR95 entre 4,18 e 0,33, apontando baixa resistência. Os valores do coeficiente angular das populações de flebotomíneos de TER, CAU, FOR e MOC apresentaram menor homogeneidade e maior frequência de indivíduos com alelos de resistência. O tempo de implantação das coleiras em cada município pode ter influenciado a suscetibilidade das populações analisadas. Sugere-se a utilização da população CAV como LRS para futuros estudos de suscetibilidade de flebotomíneos a inseticidas. Conclui-se que a maioria das populações de Lu. longipalpis foram suscetíveis ao piretróide deltametrina em áreas com uso de coleiras impregnadas, exceto a população de Caucaia/CE que foi resistente na DD de 21, 9 μg/garrafa. O monitoramento de resistência de Lu. longipalpis deve ser realizado para novas áreas, a fim de subsidiar as ações de controle da LV, no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1974062 - MARCOS TAKASHI OBARA
Interno - 3343228 - RODRIGO GURGEL GONCALVES
Externa à Instituição - Grasielle Caldas D’Ávila Pessoa - UFMG
Externa à Instituição - Kauara Brito Campos - MS
Notícia cadastrada em: 07/02/2024 15:29
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