Banca de DEFESA: Tatiana Frade Maciel

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Tatiana Frade Maciel
DATA : 13/12/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Ambiente Virtual - Microsoft Teams
TÍTULO:

Análise da amigabilidade urbana de Brasília na percepção da pessoa idosa no Distrito Federal


PALAVRAS-CHAVES:

Envelhecimento; Urbanização; Distrito Federal; Ageismo; Interseccionalidades


PÁGINAS: 300
RESUMO:

Introdução: A acentuada urbanização e o envelhecimento populacional criam desafios globais. No Brasil, a população vem envelhecendo perante condições socioeconômicas desfavoráveis, associada as perdas - não raras - de autonomia e independência, e uma dificuldade de adaptação às exigências do mundo moderno, que leva muitas vezes ao isolamento social das pessoas idosas. O desafio de enfrentar essas transformações dentro de um curto período cria um senso de urgência na mudança de políticas públicas e na sociedade. Diante deste cenário, a OMS nas últimas décadas incrementou seus esforços para incentivar um envelhecimento saudável, ativo e participativo, com cidades amigas das pessoas idosas e ao mesmo tempo combatendo o ageismo. O convívio na cidade é permeado de atitudes preconceituosas contra a pessoa idosa, e a conscientização do coletivo sobre este “ismo” é o primeiro passo para a construção de ambientes amigáveis. Objetivos: O objetivo deste estudo é explorar e compreender as concepções e percepções de pessoas idosas sobre os eixos do Guia da Cidade Amiga da Pessoa Idosa, assim como seus apontamentos sobre prioridades e barreiras para tornar a região metropolitana de Brasília mais amigável às pessoas idosas. Métodos: A proposta teórico-metodológica adotada é de abordagem qualitativa, do tipo transversal e de natureza analítica. Foram organizadas duas etapas: i) revisão de escopo de literatura, para o levantamento dos conceitos utilizados para Cidade Amiga da Pessoa Idosa, bem como as teorias que são utilizadas para abarcar o tema; ii) levantamento de questões sociodemográficas com a aplicação de uma Survey Online por intermédio de uma amostra por conveniência de 208 pessoas idosas, de 60 anos ou mais de 4 regiões administrativas do Distrito Federal (Ceilândida, Lago Sul, Plano Piloto e Taguatinga). Todo o estudo adota o referencial teórico do ageismo e da teoria ecológica, constructo que possibilita compreender as barreiras, preconceitos e estereótipos das mais diversas ordens que comprometem a vivência da plenitude da longevidade e a influência que o meio tem sobre a inclusão e interação social das pessoas idosas. Resultados: A amostra foi composta por 208 pessoas com 60 anos ou mais, com o predomínio de mulheres (78,4%), 90,38% heterossexuais, com idade média de 67,5 anos (± 6,67), mínimo de 60 anos e máximo de 92 anos. A maioria autodeclarou ser não-preta (58,17%), porém, nas RA´s periféricas há maioria preta (51% em Ceilândia e 50% em Taguatinga). Em média, 68,75% possuem ensino superior, renda de 4-10 salários-mínimos, são casados ou possuem união estável (51,44%); 38,94% moram com mais uma pessoa; 62,50% possuem plano de saúde como titular; 72,12% residem em imóvel próprio e quitado; e 46,63% dos indivíduos avaliaram sua saúde e qualidade de vida como boa. Em suma, 66,08% das pessoas não consideram Brasília uma cidade amiga da pessoa idosa, sendo que 74,52% acreditam que para este título, a capital deve melhorar o acesso aos espaços externos. Além disso, os eixos mais importantes são: Saúde (82,21%), Respeito e Inclusão (74,52%) e Transporte (73,56%). Nas regiões de Ceilândia (90,2%) e Taguatinga (73,71%) o maior temor das pessoas idosas ao sair de casa é o medo de serem assaltadas. Já no Plano Piloto (72,41%) e Lago Sul (61,90%) há o receio de sofrer uma queda por causa dos desníveis nas calçadas. Conclusão: Foi possível identificar que para as pessoas idosas um ambiente amigável é aquele que facilita a exploração do ambiente externo com acessibilidade, sem deixar o direito à saúde, o respeito e inclusão, e a oferta de transporte público de lado. Aqueles que moram em regiões periféricas sofrem mais com a insegurança da criminalidade, enquanto as regiões centrais sentem-se inseguros com a estrutura física das calçadas e o medo de cair. Não foi possível associar a autopercepção de saúde ou outros determinantes sociais com a percepção da cidade ser amiga da pessoa idosa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1144924 - LEIDES BARROSO DE AZEVEDO MOURA
Interna - 1666951 - GRASIELLE SILVEIRA TAVARES PAULIN
Interna - 2859300 - MARILIA MIRANDA FORTE GOMES
Externo à Instituição - RODRIGO CARDOSO BONICENHA - UFABC
Notícia cadastrada em: 08/12/2022 15:23
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