Banca de DEFESA: SERGIO RICARDO SCHIERHOLT

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SERGIO RICARDO SCHIERHOLT
DATA : 26/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Microsoft Teams
TÍTULO:
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL
(E SUA DINÂMICA EM MOMENTO DE CONTENCIOSO DEMOCRÁTICO E AUSTERIDADE FISCAL)
 

PALAVRAS-CHAVES:

Democracia; participação em saúde; direito a saúde.


PÁGINAS: 203
RESUMO:

Este trabalho teve como objetivo compreender a participação social institucionalizada pelo Conselho Nacional de Saúde em momento de fragilidade democrática e do direito à saúde envolvendo o período a partir de 2013 até 2022. Para tanto, realizou-se um estudo qualitativo exploratório utilizando-se da metodologia de análise de conteúdo proposta por Bardin. Participaram deste estudo conselheiros nacionais de saúde representantes dos usuários através de entrevistas em profundidade, por meio de roteiros semiestruturados que visavam captar unidades de análise clássicas de participação quanto a representatividade das lideranças, legitimidade do processo, participação da base, capacidade de autossustentação e ampliação do experimentalismo democrático em momento de ruptura vivenciado pelo país. Os resultados possibilitaram a construção de 6 categorias que estruturam o trabalho e a discussão a saber: 1. Trabalho e cotidiano dos conselheiros nacionais de saúde; 2 - Representatividade e participação dos usuários no Conselho Nacional de Saúde; 3 - Direito à saúde e os novos mecanismos de mercado que fragilizam o SUS; 4 - Sentidos e percepções da democracia no Brasil atual; 5 - Constrangimentos antidemocráticos e fragilização do Conselho Nacional de Saúde; e 6 - Pandemia e as dificuldades para o exercício de participação. Os resultados e a pesquisa subsequente indicam que apesar dos problemas tradicionais de legitimidade e vínculos com as bases, e das dificuldades na defesa dos ataques do direito à saúde através do enfraquecimento do SUS, esses problemas foram recrudescidos em função do novo cenário político a partir das manifestações de rua ocorridas na última década. As unidades semânticas de análise permitiram percorrer um caminho pela democracia brasileira iniciando com as marchas de junho de 2013 e entender os impactos dessas mudanças para o controle social. O surgimento de uma nova direita com viés autoritário e com características fascistas que assumiu o Estado brasileiro, trazendo consigo o militarismo e o negacionismo científico como lógica de gestão, se enquadram nesse panorama. A lupa permitida pela pandemia também resultou na discussão sobre a participação em tempos virtuais, mas que se tornou ainda mais importante para contraposição a essa lógica autoritária e anticientífica responsável por grande parte da mortalidade que caracterizou o combate errático ao COVID-19 no Brasil. O estudo finaliza concluindo que é de fundamental importância o papel que o controle social desempenha na defesa ao direito à saúde dentro de um contexto neoliberal e como também tem atuado como um dos baluartes da nossa frágil democracia a partir do campo da saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTÔNIO DE PADUA PITHON CYRINO
Presidente - 1712874 - BREITNER LUIZ TAVARES
Interno - 1716160 - LUIZ FERNANDO MACEDO BESSA
Externo à Instituição - MARCIO FLORENTINO PEREIRA
Externa ao Programa - 1425024 - MARIA FATIMA DE SOUSA
Notícia cadastrada em: 05/05/2023 10:08
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