Psilocibina como alternativa não farmaceuticalizada contra a Depressão: uma análise da produção científica, do fenômeno da farmaceuticalização e de implicações contemporâneas
Psilocibina; Depressão; Terapia assistida com psicodélicos; Metodologia de pesquisa com psilocibina; Farmaceuticalização, Capitalismo e sofrimento mental
A depressão é um dos maiores desafios contemporâneos, afetando milhões de pessoas em todo o mundo e gerando impactos significativos em diversas esferas da vida. Apesar das opções farmacológicas disponíveis, a falta de inovação terapêutica e o fenômeno da farmaceuticalização têm limitado o enfrentamento eficaz desta condição. Esta tese de doutorado explora as possibilidades da psilocibina como alternativa não farmaceuticalizada para o tratamento da depressão. Utilizando métodos variados, como revisões de literatura, entrevistas em profundidade e estudos de caso, o estudo analisa tanto os aspectos históricos e sociológicos da farmaceuticalização, como as evidências ancestrais, científicas e terapêuticas com respeito à substância. A investigação destaca aspectos éticos da possível alternativa, ressaltando seu potencial para corroborar abordagens mais integrativas de enfrentamento ao sofrimento psíquico. A tese propõe e problematiza também os riscos do “Efeito Thimoty Leary” na comunicação científica sobre substâncias psicodélicas.