Atlântico Negro e interseccionalidade: a busca e promoção da saúde capilar através da cosmetologia natural no Distrito Federal
cosmetologia natural, interseccionalidade, cabelo natural, direitos humanos, identidade negra, resistência cultural.
Esta dissertação investiga se a cosmetologia natural se apresenta como prática de saúde e resistência cultural entre mulheres negras no Distrito Federal, Brasil. Partindo de uma perspectiva interseccional, o estudo examina se existe a percepção e a utilização de cosméticos naturais como um ato de autocuidado e valorização da identidade negra, desafiando os padrões estéticos eurocêntricos e a hegemonia da indústria de cosméticos convencional. Com base em uma metodologia qualitativa, autoras negras como Sueli Carneiro, Nilma Lino Gomes e Lélia Gonzales fudamentaram a pesquisa que utilizou histórias de vida para explorar o papel das cosmetólogas negras na promoção da saúde capilar e na criação de redes de apoio e empreendedorismo feminino negro. O estudo conclui que a prática da cosmetologia natural transcende a estética, assumindo uma dimensão política e social ao contribuir para o fortalecimento da autoestima, da autonomia e da resistência identitária das mulheres negras. O trabalho também propõe que o direito ao cabelo natural seja reconhecido como uma extensão dos direitos humanos, integrando políticas públicas voltadas à saúde e ao bem-estar da população negra.