Banca de DEFESA: Bruna Magalhães Gârner

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Bruna Magalhães Gârner
DATA : 24/02/2025
HORA: 09:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

OS VERSOS DOS DIREITOS HUMANOS NA EXPERIÊNCIA DA GABINETONA EM BELO HORIZONTE: TRANSFORMANDO DISCURSO EM PRÁTICA


PALAVRAS-CHAVES:

Gabinetona. Direitos humanos. Cidadania. Democracia. Representação política. Participação política. Representatividade. Cidade.


PÁGINAS: 157
RESUMO:

Esta dissertação tem como objetivo principal compreender como a experiência da Gabinetona, liderada pelas parlamentares Áurea Carolina e Cida Falabella, materializou um discurso de representação política comprometida com os direitos humanos e a cidadania, pautado em uma atuação coletiva, aberta e popular. A pesquisa analisa, especificamente, o período inicial da atuação das parlamentares na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, entre 2017 e 2018, e busca compreender a prática de mandatos focados em temas interseccionais e na inclusão de grupos vulnerabilizados. A investigação se estrutura a partir da Análise Crítica do Discurso (ACD), utilizando diversos materiais, como documentos de campanha, registros legislativos, publicações nas redes sociais e outros acervos produzidos pelas parlamentares e seus assessores. O estudo busca abordar três objetivos específicos: (i) entender a relação entre democracia e direitos humanos no contexto do sistema representativo brasileiro, com foco nas candidaturas e mandatos do PSOL; (ii) analisar os embates entre a concepção tradicional de representação política e aquela promovida por mandatos pautados numa lógica coletiva de representação; e (iii) investigar o discurso e as práticas políticas da Gabinetona, verificando a continuidade entre o discurso de campanha e as ações no legislativo e nas políticas públicas. A pesquisa envolveu a análise de diversos tipos de documentos e materiais audiovisuais produzidos tanto pelos envolvidos na campanha como pela Gabinetona durante seus primeiros anos de mandato. A dissertação também recorreu a estudos prévios sobre a experiência, como os de Gustavo Marques (2019), Helena Fonseca (2021) e Bárbara Campos (2021), para compreender a evolução do modelo e os impactos concretos dessa prática política. Na análise dos discursos, foram identificadas estratégias retóricas, como o uso de metáforas de união e coletividade, bem como a linguagem inclusiva e apelos emocionais. A dissertação também investigou se as promessas feitas durante as campanhas se concretizaram em ações legislativas ou iniciativas de políticas públicas voltadas para a inclusão de grupos marginalizados, especialmente no que diz respeito aos direitos humanos e à participação popular. Lado outro, buscou-se compreender os efeitos que as graves limitações da democracia representativo-partidária brasileira geram nos tensionamentos entre discurso e prática da experiência da Gabinetona. O estudo ainda propõe uma análise interdisciplinar, relacionando as questões de gênero, raça e direitos humanos com a prática política da Gabinetona. O objetivo foi expandir a compreensão do fenômeno e oferecer uma análise mais rica sobre o impacto e os desafios dessa experiência de representação política alternativa. A dissertação conclui que a Gabinetona, apesar de enfrentamentos e limitações, apresentou um modelo de representação mais inclusivo e sensível às demandas das populações vulnerabilizadas, avançando para a construção de um modelo político que, embora ainda em processo de maturação, sugere a viabilidade de novas formas de participação cidadã e de representação política dentro da institucionalidade brasileira.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - ***.173.968-** - JOSE GERALDO DE SOUSA JUNIOR - UnB
Externa à Instituição - Rayane Cristina de Andrade Gomes - UFERSA
Presidente - 1821597 - VANESSA MARIA DE CASTRO
Interno - 718307 - WELLINGTON LOURENCO DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 11/02/2025 15:07
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