Território dos céus: a densidade de elementos geográficos em Região de Defesa Aérea como identificação de risco geopolítico
Região de Defesa Aérea, Risco Geopolítico, Poder Aeroespacial, Geopolítica e Defesa.
Historicamente, o uso de aeronaves militares, especialmente após a Primeira Guerra Mundial, incentivou a criação de normas para a proteção do espaço aéreo, levando os Estados a reivindicarem soberania exclusiva sobre áreas estratégicas. As Regiões de Defesa Aérea (RDAs), são zonas táticas onde aeronaves seguem procedimentos especiais de identificação, e surgem como uma ferramenta de segurança e dissuasão contra ameaças aéreas. Estabelecidas com base em critérios estratégicos, as RDAs refletem não apenas uma resposta defensiva, mas também a projeção de poder territorial e controle geopolítico. Além disso, o risco geopolítico associado às RDAs é evidenciado pela intensificação de operações militares e vigilância nessas regiões, com impactos na estabilidade regional e global. A pesquisa ora proposta busca analisar, a partir de um modelo de risco geopolítico proposto, a densidade da composição geográfica das Regiões de Defesa Aérea e sua correlação com o momento do conflito entre Estados Nacionais. A tese buscará também apresentar os principais elementos geográficos que compõem uma RDA. A metodologia adotada envolve revisão sistemática descrita por Marconi e Lakatos (2003) sobre a base epistemológica do realismo crítico de Bhaskar (1975) para analisar a conjuntura causal das interações nas RDAs. Utiliza-se conceitos como percepção de ameaça e soberania de Connolly e Hynd (2023), regiões funcionais geopolíticas de Cohen (2014), elementos geográficos do espaço aéreo de Rosa (2020) e segmentação funcional das RDAs realizada por SU (2019).