QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO PERCEBIDA, FLORESCIMENTO, JOB CRAFTING E GESTÃO À PREVENÇÃO DE SUICÍDIO NA POLÍCIA FEDERAL: UM ESTUDO COM FOCO EM ATITUDES PERANTE POTENCIALIDADES PROTETIVAS
Prevenção do Suicídio. Atitudes Protetivas. QVT. Job Crafting. Florescimento.
A promoção da saúde mental no ambiente de trabalho é essencial para a qualidade de vida dos trabalhadores, especialmente com a crescente utilização de tecnologias de informação e comunicação nas rotinas laborais, intensificada pela pandemia de COVID-19. A necessidade de políticas e práticas organizacionais focadas na saúde mental dos trabalhadores torna-se evidente, com a capacitação de lideranças para monitorar e melhorar os arranjos organizacionais, equilibrando a dinâmica trabalho-família e minimizando os impactos emocionais da pandemia. Nas organizações de segurança pública, como a Polícia Federal, tem-se um cenário de altos índices de adoecimento mental e suicídio entre policiais. A Agenda 2030 propõe metas para reduzir a violência e mortalidade, destacando a necessidade de intervenções estratégicas. Além disso, a sétima meta de resultado do Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social - PNSPDS delimita a redução de suicídios de policiais em 30% até 2030. Este trabalho problematiza a promoção de ações de gestão voltadas à prevenção do suicídio na Polícia Federal – PF, destacando a importância de analisar a preditibilidade de atitudes potencialmente protetivas, como variável critério, a partir dos construtos qualidade de vida no trabalho percebida, job crafting e florescimento, por meio de regressão múltipla padrão. Além da contribuição no campo científico, consubstanciada na construção e validação de uma escala para mensurar atitudes protetivas em 4 dimensões, construída a partir de grupo focal, validação de juízes e análise fatorial exploratória, tem-se a contribuição social, materializada no dever de cuidado com os profissionais de segurança pública, uma medida importante para que se possa fazer frente à atual escalada dos índices de violência, mas também repercute na esfera organizacional, ao buscar evidências científicas que possam balizar projetos e ações institucionais que fortaleçam os servidores da PF contra o suicídio.