REVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV NO ALEITAMENTO MATERNO: MANEJO CLÍNICO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Aleitamento Materno, Transmissão Vertical de Doenças Infecciosas, Infecção por HIV
Introdução: A amamentação desempenha um papel fundamental na saúde, no desenvolvimento e na sobrevivência infantil, especialmente em regiões onde doenças como diarreia, pneumonia e desnutrição são causas frequentes de mortalidade. No entanto, no Brasil, mulheres lactantes vivendo com HIV são aconselhadas a não amamentar, pois, apesar dos benefícios do aleitamento materno, existe o risco de transmissão vertical do HIV, que varia entre 7% e 22% na ausência de intervenções preventivas. Estratégias como o uso combinado de antirretrovirais (ARV), cesariana eletiva e quimioprofilaxia com zidovudina (AZT) para a mãe e o recém-nascido têm se mostrado eficazes na redução desse risco. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o uso de ARV para prevenir a transmissão durante a amamentação. Em suas diretrizes de 2021, de acordo com as diretrizes revisadas da OMS sobre alimentação infantil no contexto do HIV, o período de amamentação, conforme determinado pela política nacional, pode ser de até 24 meses ou mais, o que pode ser feito com segurança somente se a mulher HIV positiva que amamenta estiver em TARV tripla supressiva. Objetivo: Explorar as evidências científicas e as diretrizes sobre o manejo clínico do aleitamento Materno nos serviços de saúde, voltadas à prevenção da transmissão vertical do HIV na gestação, parto e puerpério e como objetivo específico: 1. Analisar as diretrizes internacionais e nacionais sobre o manejo clínico para prevenir a transmissão vertical do HIV durante o aleitamento materno, 2. Descrever os processos de implementação dessas diretrizes nos serviços de saúde para promover a segurança do aleitamento materno em mulheres vivendo com HIV no Brasil, e 3. Contribuir com subsídios para a elaboração de um documento técnico nacional sobre o manejo clínico do aleitamento materno por mulheres vivendo com HIV e com carga viral suprimida, considerando uma análise das necessidades das mulheres que desejam amamentar. Metodologia: Este estudo consiste em uma revisão integrativa que resume a literatura empírica ou teórica para proporcionar uma compreensão mais abrangente de um problema de saúde específico, com potencial para construir o conhecimento científico, informar a pesquisa, a prática e as iniciativas políticas. O recorte referente aos anos dos estudos selecionados foi de 14 anos, devido a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendar pela primeira vez, em 2010, o uso de medicamentos Antirretroviral (ARV) para prevenir a transmissão pós-natal do HIV através da amamentação. A busca realizada nas bases A busca realizada nas bases de dados da Biblioteca Cochrane, Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline), que foram escolhidos por proporcionar acesso a estudo da área de saúde. Resultados: Por meio deste estudo, espera-se contribuir para a formulação de diretrizes aprimoradas e subsidiar políticas públicas que promovam a segurança do aleitamento materno em mulheres vivendo com HIV, respeitando suas escolhas e assegurando medidas eficazes de prevenção da transmissão vertical.