"Avanços na eliminação do tracoma como problema de saúde pública em áreas não indígenas e indígenas do estado do Maranhão, Nordeste do Brasil, 2018 - 2022.”
Tracoma. Doenças tropicais negligenciadas. Prevalência. Inquérito
“Introdução: A Organização Mundial de Saúde recomenda a realização de inquéritos para validar a eliminação do tracoma como problema de saúde pública. Para verificar se as metas de eliminação foram atingidas, o Ministério da Saúde realizou entre 2018 e 2022 um inquérito em áreas não indígenas e indígenas do país. O objetivo desse estudo foi conhecer a prevalência da doença em áreas do estado do Maranhão e avaliar possíveis diferenças nas prevalências entre populações não indígena e indígena a partir dos dados do referido inquérito. Métodos: Estudo observacional transversal de base populacional com amostragem probabilística. Para a seleção da Unidade de Avaliação (UA) não indígena, foram consideradas mesorregiões homogêneas com pelo menos um município de risco ao tracoma, e indicadores de pobreza e saneamento. O Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (Dsei-MA) foi selecionado para compor a UA indígena no estado devido ao tamanho da população, e a proximidade com a UA não indígena selecionada, possibilitou a comparação. Todos os moradores de um ano ou mais de idade foram examinados para tracoma. Resultados: A prevalência de tracoma inflamatório folicular (TF) na UA Leste Maranhense e no Dsei-MA foram de 0,13% e 2,94% e a prevalência de TT na UA Dsei-MA foi de 0,12%. As maiores prevalências de TF foram encontradas em locais com precariedade de saneamento.