Derrida para Freud: A desconstrução do arquivo – o espectro, a herança e a promessa
Jacques Derrida; arquivo; desconstrução; Freud; psicanálise; espectro
Esta dissertação centra-se na investigação do conceito de arquivo proposto por Derrida na obra Mal de arquivo. A partir da leitura de Freud’s Moses, Judaism terminable and interminable, do historiador estadunidense Yosef, Hayin Yerushalmi e de obras de Sigmund Freud, Derrida empreende uma desconstrução do arquivo, que deixa de ser somente um depósito de memórias e do passado e se abre ao futuro porvir, além de ser instrumento da autoridade do poder arcôntico. A análise procura situar o pensamento ético-político de Derrida no próprio Mal de arquivo, além de Espectros de Marx e força de Lei. A discussão ética do arquivo e suas implicações vão ao encontro da visão de justiça que Derrida apresentou em Força de Lei, na qual as leis são vistas como elemento da instituição da autoridade arcôntica e surgem a partir de atos discursivos performativos. Também são abordadas a questões da herança, da judeidade, da promessa e do espectro a partir da crítica desconstrucionista de Derrida em relação à psicanálise freudiana.