O ônus da prova e o debate sobre a existência de Deus
existência de Deus, crença teísta, ônus da prova, basilaridade da crença teísta.
A tese estuda os processos argumentativos no debate sobre a existência de Deus. Defendo que o referido debate, sendo um debate filosófico, não comporta ônus da prova, a não ser em sentido artificial, caso os debatedores concordem em pautar a discussão orientados por esse conceito. Nesse segundo caso, invocando a basilaridade da crença teísta, defendida por Alvin Plantinga, argumento que no cenário em que o crente é acusado de ser irracional a menos que apresente provas da existência de Deus, o ônus da prova cabe ao crítico, e não ao crente. Inicio uma reflexão sobre a possibilidade de argumentar sobre crenças básicas e outra sobre a inconsistência do conceito de auditório universal de Chaïm Perelman. Essas reflexões serão desenvolvidas na sequência do trabalho.