Banca de DEFESA: Silvia Dutra Badra

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Silvia Dutra Badra
DATA : 04/07/2023
HORA: 15:00
LOCAL: à distância
TÍTULO:

O corpo da mulher negra no Brasil, uma possível leitura sobre a sombra que recorta nosso espelho: clínica psicanalítica como estratégia de crítica social e conquista para o reconhecimento


PALAVRAS-CHAVES:

Clínica psicanalítica. Lutas por reconhecimento. Escuta qualificada. Mulheres em vulnerabilidade social.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

O presente trabalho é produto de inquietações ressurgentes na clínica psicanalítica lacaniana e se propõe a pensar a psicanálise e sua prática desterritorializada do tradicional setting analítico. Consistiu em oferecer uma escuta qualificada para mulheres em situação de risco e vulnerabilidade social desde a pandemia, na periferia de Brasília. O objetivo foi propor um possível debate em que a psicanálise lacaniana, que faz a desambiguação entre Freud e Lacan e tem a linguagem e o significante como conceito constitutivo dos sujeitos, possa ser vista como uma prática que produz efeitos singulares que ecoam condizentes com a proposta de Honneth em seu livro Lutas por reconhecimento. Por meio de estudos de casos em que o desamparo, o sentimento de injustiça, o silêncio insidioso mantenedor de determinadas formas de violência, de abusos inerentes em estruturas sociais pautadas por afetos segregatórios com resquícios colonizadores se fizeram presentes, interroguei o corpo da mulher negra como signo que porta uma cadeia significante em sua herança histórica de racismo, sexismo e outras diversas formas de malogros cristalizados no interior da nossa sociedade perpetuados pela linguagem que nos circunda. Pesquisou-se, nos casos apresentados, de que forma o signo, o significante e os significados que compõem o caldo da linguagem são produtores de afetos circulantes e imprimem marcas na formação constitutiva do sujeito do inconsciente que está presente na modelagem dos laços políticos e jurídicos. Tentamos circunscrever, multidisciplinarmente, como a dinâmica da linguagem determina o lugar do corpo da mulher negra na sombra da polaridade do que se concebe o patriarcado da branquitude no Brasil. Abordamos o problema multidisciplinarmente entre a filosofia política, o contexto histórico do racismo no Brasil e aquilo que reverbera na clínica psicanalítica e o que, a partir dela, se desmembra no corpo social.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CLARICE PIMENTEL PAULON - UNESP
Presidente - 1775476 - HERIVELTO PEREIRA DE SOUZA
Externa à Instituição - MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO - UFPE
Interna - 1613056 - PRISCILA ROSSINETTI RUFINONI
Notícia cadastrada em: 23/06/2023 18:36
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