Banca de DEFESA: Zenilda Lopes Ribeiro

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Zenilda Lopes Ribeiro
DATA : 10/10/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Teams
TÍTULO:

DIÁSPORA PALESTINA EM BARRA DO GARÇAS-MT: REFLEXÕES GEOGRÁFICAS SOBRE A IDENTIDADE TRANSLOCAL


PALAVRAS-CHAVES:

 

Diáspora. Translocalidade. Identidade. Palestinos


PÁGINAS: 222
RESUMO:

 

Esta tese tem como objetivo investigar como a translocalidade se reflete na construção de identidade dos palestinos e descendentes de Barra do Garças-MT, bem como compreender o processo diaspórico e as estratégias socioespaciais compartilhadas na mobilidade. O movimento político sionista alicerçou a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948. Esse evento marca a catástrofe (al-Nakba) e o início da guerra árabe-israelense que promoveu a expulsão de milhares de palestinos. Outros eventos subsequentes, como ocupação do território dos palestinos pelo exército israelense na guerra de 1967, aliado aos problemas socioeconômicos, provocaram a emigração de levas da população palestina, para vários países do mundo, denominado de diáspora. Muitos vieram para a América. Em maior quantidade para a América Latina, sobretudo para o Chile e Honduras. No Brasil, os palestinos se concentraram em alguns estados, dentre eles, embora em proporção reduzida, em Mato Grosso. Em Barra do Garças, um grupo de palestinos muçulmanos chegou a partir da década de 1950. Eles se fixaram no centro da cidade, onde cristalizou como o lugar de trabalho e moradia. Esta pesquisa se baseia na corrente filosófica pós-estruturalista, no método etnogeográfico e, principalmente, nos conceitos de identidade, diáspora e translocalidade. Os dados da pesquisa foram obtidos por meio de pesquisa de campo exploratória, seguida de entrevistas em profundidade, presencialmente, com horário previamente estabelecido, questionário de identificação, observação participante, pesquisas documentais e registros fotográficos. Os resultados mostram que o caráter diaspórico se revela na família espalhada, em que, pelo menos, um membro reside em outros países ou em outros estados, sem, no entanto, perder a importância da localidade na vida das pessoas. Concluiu-se que os palestinos se identificam tanto com o Brasil, pelo qual nutrem um sentimento de pertencimento, quanto com a localidade de origem na Palestina/Jordânia. Essa identificação é construída e sustentada pelos valores da família, religião, idioma árabe e pelas viagens para regar as raízes e manter viva a diáspora. Esse elo se intensifica com um tipo de retorno transitório, de “ir e voltar”, sem, no entanto, perder a ideia de um retorno para uma pátria imaginada. A identidade é assim, construída e retroalimentada por uma mobilidade concreta ou abstrata na qual se mantém variados vínculos que os conectam uns com os outros em um sistema rizomático, que resulta em um tipo diferente de identidade, a identidade translocal.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - SONIA CRISTINA HAMID - IFB
Externo à Instituição - WOLF-DIETRICH GUSTAV JOHANNES - UFPR
Interno - 2193609 - FERNANDO LUIZ ARAUJO SOBRINHO
Interna - 3225461 - GLORIA MARIA VARGAS LOPEZ DE MESA
Presidente - 1054356 - SHADIA HUSSEINI DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 18/09/2022 20:59
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