Reestruturação produtiva da agropecuária e transformações na rede de cidades: estudo comparativo de regiões produtivas do agronegócio nas unidades federativas de Tocantins e Bahia, Brasil.
Reestruturação Produtiva da Agropecuária; Rede Urbana; MATOPIBA; Mesorregião Oriental do Tocantins e Mesorregião Extremo Oeste Baiano; Agronegócio.
Existe consenso no Brasil sobre o novo ordenamento do território ocasionado pelo movimento de restruturação da agropecuária. Considerando um recorte territorial específico para estudo composto pela Mesorregião Oriental do Tocantins e a Mesorregião Extremo Oeste Baiano observou-se que as transformações que vem ocorrendo nessas mesorregiões alteram consideravelmente as relações de produção e os modos de vida dos grupos sociais no âmbito dos municípios, bem como em suas cidades sedes. Desse modo, tem-se por pressuposto que a reestruturação da produção agropecuária e seus desdobramentos não se processa de forma homogênea no recorte territorial da pesquisa e assim, produz rebatimentos diferenciados no ordenamento do território, na vida das pessoas e principalmente no interior das cidades desse segmento de rede urban. Pelo exposto, tem-se que o objetivo central da tese é estudar as transformações, ocasionadas pelo movimento de reestruturação da produção agropecuária na rede de cidades da Mesorregião Oriental do Tocantins e na Mesorregião Extremo Oeste Baiano. Alguns resultados indicam, por um lado, a ocorrência de padrões espaciais formando grupos de municípios na Mesorregião Extremo Oeste Baiano onde as redes agroindustriais cristalizaram alto padrão de produção agrícola, crescimento econômico e desenvolvimento social nas relações entre os lugares e a população e, por outro lado, na Mesorregião Oriental do Tocantins a abertura recente desse espaço para a fronteira de produção agrícola enfrenta as fracas possibilidades dos pequenos núcleos urbanos marcados pela ruralidade, com população pouco densa e desarticulados entre si, inibindo assim a presença das grandes empresas de capital transacional que realizam a instrumentalização do território.