Banca de QUALIFICAÇÃO: Thamyris Carvalho Andrade

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Thamyris Carvalho Andrade
DATA : 06/09/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Departamento de Geografia
TÍTULO:

GEO-HISTÓRIA COMO EXERCÍCIO DE SANKOFA NA COZINHA CERRATENSE: TECITURAS DE MEMÓRIAS E IDENTIDADES POR MEIO DE INSTRUMENTOS, INSUMOS, SABORES E SABERES


PALAVRAS-CHAVES:

Geo-história, Alimentação ancestral, Povos Tradicionais do Cerrado, Cozinha cerratense, Escrevivências


PÁGINAS: 91
RESUMO:

O relatório de qualificação “Geo-história alimentar” dos povos tradicionais do Cerrado” é um trançar de saberes entre a história alimentar dos meus antepassados e a minha experiência profissional na Universidade Federal do Tocantins e que têm por similitude o uso do território no bioma Cerrado. Por objetivo busca-se nesta pesquisa, analisar a “Geo-história alimentar” dos povos do Cerrado, tendo como elemento basilar para essa construção a análise sistêmica da cozinha cerratense, refletindo sobre instrumentos, insumos, sabores e saberes existentes no território do nordeste goiano, sudeste tocantinense e oeste baiano”. Com natureza qualitativa, descritivo-explicativa, bibliográfica, documental, e de campo, a pesquisa se desdobrará a partir da Geo-história enquanto método, com apoio na Escrevivência e na Etnografia de modo a obter narrativas e histórias por meio de entrevistas e registros com guardiões dos saberes a partir do recorte espacial aqui delimitado. Contará com o auxílio da metodologia Observação Participante e a principal técnica de amostragem para os registros da etnografia a ser realizada será a Snowball, também conhecida como snowball sampling (bola de neve). Por hipótese, tem-se que apesar da perversidade da ocupação desse território pelos povos colonizadores e toda a usurpação por eles realizada e para com os povos indígenas e negros escravizados, a culinária dos povos do Cerrado se consolidou como forma de resistência, com arquitetura, vocabulário, saberes e sabores próprios, não inéditos, mas transformados singularmente para a vivência e sobrevivência nesse território. As comunidades tradicionais do bioma, sobretudo, as comunidades quilombolas, resguardam sabedorias vindas do continente africano, assim, ainda que a cozinha cerratense seja comprovadamente uma nova cozinha, esta se alicerça em saberes e fazeres vindos de África, mantidos pós diáspora do povo negro. Tais saberes são observados no uso dos insumos disponíveis, nos instrumentos utilizados para a transformação, no cozimento dos alimentos, nas técnicas de preparo, na escolha dos ingredientes, na sabedoria ao utilizá-los, na forma de transmissão desses saberes, dentre outras expressões observadas. O compromisso aqui é confirmar tais conjecturas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 404952 - NEIO LUCIO DE OLIVEIRA CAMPOS
Interno - ***.816.905-** - RAFAEL SANZIO ARAUJO DOS ANJOS - USP
Externa ao Programa - 2879094 - MARUTSCHKA MARTINI MOESCH - UnBExterna à Instituição - ELLEN FENSTERSEIFER WOORTMANN
Notícia cadastrada em: 15/08/2023 18:56
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