As mudanças no mundo do trabalho no meio urbano: uma análise do emprego no Distrito Federal, dos pioneiros da década de 1960 à Geração Z.
Emprego urbano; Geração Z; Mundo do trabalho; Tecnologias.
No Brasil, até a década de 1930 o emprego formal urbano absorvia pequena parcela de mão-de-obra e os setores secundários e terciários tinham pouca representatividade. A partir da segunda metade do século XX, por meio da política desenvolvimentista, é que o país passou por um intenso processo de transformação econômica, quando se acelera a industrialização e a modernização da sociedade brasileira. Com isso, as relações de trabalho também sofreram profundas transformações e o emprego urbano atraiu grande quantidade de trabalhadores que saíram do campo e foram em busca de oportunidades nas grandes metrópoles. É nesse contexto de modernização que o país ganhou uma Nova Capital: Brasília. Assim, a região Centro-Oeste se transformou em um centro de atração de migrantes vindo de várias partes do Brasil. Logo, percebe-se que o Distrito Federal, unidade federativa que abriga a Capital do pais, transformou-se na terceira metrópole brasileira no século XXI, portanto, precisa-se entender como as novas gerações se relacionam com o mercado de trabalho frente a tantas mudanças ocorridas no país nos últimos 63 anos de existência da Nova Capital. O objetivo geral da tese é analisar as mudanças no mundo do trabalho decorrentes do processo de urbanização brasileira e da revolução informacional que impactam nas oportunidades de emprego da Geração Z. A investigação levanta as seguintes hipóteses: as oportunidades de emprego no serviço público e na iniciativa privada para os jovens com boa formação educacional e qualificação profissional estão cada vez mais restritas. Além disso, os jovens estão frustrados com esse novo cenário do mundo do trabalho e compram o discurso midiático de empreendedorismo e meritocracia como metas profissionais. A metodologia se constitui em uma abordagem social de caráter qualitativo, tendo como fonte de pesquisa material bibliográfico e análise documental; como instrumentos de investigação serão utilizados entrevistas e questionários; e, na fundamentação teórica trará como destaque alguns autores listados a seguir: Baumann (2000); Harvey (2014); Han (2017); Miller (2006); Prado Jr. (2006); Santos (2010, 2012, 2013, 2014). O recorte espacial do trabalho e o Distrito Federal, apesar da pesquisa tratar das gerações Xe Y, o sujeito de análise será geração Z, linguagem adaptada aos novos tempos que identifica diferentes grupos no ambiente de trabalho. Com a finalização da investigação, pretende-se atingir os objetivos propostos e validar, ou não as hipóteses levantadas.