Banca de DEFESA: FRANCISCA LUMARA DA COSTA VAZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCA LUMARA DA COSTA VAZ
DATA : 03/05/2024
HORA: 14:30
LOCAL: prédio da FS
TÍTULO:

 

Hanseníase no Distrito Federal: perfil epidemiológico e tendência temporal

 

PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase, Mycobacterium leprae, Epidemiologia, Indicadores, Tendência


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

Considerada uma doença infecto-contagiosa com evolução crônica e silenciosa, a hanseníase tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae, um bacilo com predileção pelas células cutâneas e nervos periféricos que ocasiona alterações de sensibilidade das áreas afetadas. O Brasil é caracterizado como um país de alta endemicidade, tendo maior prevalência nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Dentre os estados da região Centro-Oeste, o Distrito Federal (DF) mantém um padrão de média endemicidade, demandando intensificação das ações para o controle da doença. Esse estudo tem como objetivo analisar a incidência, o comportamento epidemiológico e a tendência temporal da hanseníase no DF na série histórica de 2012 a 2022. Assim, realizou-se um estudo descritivo do perfil sociodemográfico e clínico dos casos de hanseníase, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no recorte temporal supracitado. Adicionalmente, foi realizado a análise dos indicadores de monitoramento da endemia e sua tendência. Houve um registro de 2009 casos de hanseníase entre 2012 e 2022, sendo o perfil mais prevalente o gênero masculino, com faixa etária entre 30 a 59 anos, com predominância de cor parda e baixo nível de escolaridade. Os casos apresentaram- se principalmente na forma clínica dimorfa e com classificação multibacilar. Do total de casos, 87% foram avaliados quanto ao grau de incapacidade física (GIF), sendo 47% GIF 0, 30% GIF I e 10% GIF II. Observou-se uma tendência decrescente para as taxas de detecção geral de casos novos de hanseníase (variação percentual anual [APC]= -4,33%; p=0,03), detecção de casos novos na população<15 anos (APC= -13,46%; p=0,02), proporção de casos com GIF avaliado no diagnóstico (APC= -1,67%; p=0,01) e proporção de cura (APC= -3,75%; p=0,05). Verificou-se tendência estacionária para os indicadores de taxa de casos com GIF 2 no diagnóstico (APC=2,62%; p=0,56) e proporção de contatos examinados (APC= -1,07%; p=0,36). Em relação a proporção de casos com GIF 2 no diagnóstico, constatou-se uma tendência crescente (APC=9,26%; p=0,03). Apesar da tendência decrescente da taxa de detecção geral de casos novos e da taxa de casos novos< 15 anos, o cenário sinaliza a existência de diagnósticos tardios evidenciado pela estacionariedade da taxa de casos novos com grau 2 de incapacidade e pelo aumento da proporção de casos novos com grau 2 no momento do diagnóstico, o que leva a inferência de que o declínio da taxa de casos novos pode estar associado a uma dificuldade na capacidade operacional dos serviços de saúde para a detecção precoce dos casos ocultos e não a uma diminuição real da endemia”.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2617702 - DEBORA SANTOS LULA BARROS
Externa à Instituição - ELOA FATIMA FERREIRA DE MEDEIROS - SES-DF
Interna - 1996218 - NOEMIA URRUTH LEAO TAVARES
Interno - 3028331 - RODRIGO FONSECA LIMA
Notícia cadastrada em: 30/04/2024 13:10
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app35_Prod.sigaa29