Entre o rio e a estrada: espaço e contradições no urbano amazônico.
Cidades Amazônicas, Morfologia Urbana, Segregação Socioespacial, Sintaxe do Espaço.
Partindo da necessidade de ampliar a compreensão dos espaços urbanos na Amazônia brasileira, sobretudo quanto à sua espacialidade, esta pesquisa procura contribuir para o campo a partir da perspectiva morfológica. Para tanto, investiga-se uma amostra de estruturas urbanas, interpretada em dois níveis: a) um global, em que 100 sedes municipais são comparadas com assentamentos de todas as regiões do país, e b) outro local, em que apenas as cidades localizadas na Região Norte são analisadas comparativamente visando à discussão de suas maneiras de articulação interna e à compreensão das formas pelas quais os processos históricos e socioeconômicos ocorridos nas diferentes porções da Amazônia se relacionam à sua estrutura espacial. Para tanto, duas categorias de variáveis são exploradas: a) a configuracional, de natureza geométrica e topológica, estruturadas segundo o suporte teórico-metodológico da Sintaxe Espacial (Teoria da Lógica Social do Espaço); b) a nãoconfiguracional, composto por medidas socioeconômicas, a incluir aspectos aspectos como renda, escolaridade, níveis de desigualdades sociais, entre outras. Pretende-se que o estudo contribua para a caracterização e identificação de eventuais padrões configuracionais próprios das cidades da região, dialogados com as dinâmicas sociais, e ofereça subsídios para intervenções urbanísticas nesses espaços. É interesse responder a duas questões de pesquisa: 1) existem padrões configuracionais próprios das cidades amazônicas diante do cenário brasileiro? 2) existe associação entre o perfil socioeconômico da população residente e os níveis de acessibilidade configuracional nessas cidades?