POLÍTICAS URBANAS E PANDEMIA DE COVID-19: GÊNERO, MOBILIDADE URBANA E DESIGUALDADE SOCIAL EM TRÊS CAPITAIS LATINO-AMERICANAS
Coronavírus, planejamento urbano, mobilidade urbana, gênero, América Latina
A pesquisa de tese de doutorado visa analisar a mobilidade urbana sob a perspectiva de gênero da mulher, no processo pós-pandêmico de COVID-19. Assim, para mensurar e ressaltar o impacto da crise pandêmica nas vidas das mulheres latino-americanas da classe menos favorecida, a investigação tem como eixo orientador a mobilidade urbana nas capitais: México (Cidade do México), Brasil (Brasília) e Argentina (Buenos Aires) que possuem similaridades sociais e econômicas. Dessa maneira, a pesquisa se divide em três partes: 1) Compreender o gênero como categoria analítica e os seus aspectos sociais; 2) Analisar a cidade sob a perspectiva de gênero; 3) Analisar a mobilidade urbana nas três cidades -capitais com dados gerais de ações de planejamento voltadas para melhorar a mobilidade delas. Esta pesquisa de doutorado foi motivada pelo surgimento da pandemia do coronavírus e a necessidade de uma discussão sobre a desigualdade do sistema social, econômico e urbano acentuada durante o isolamento social. Além disso, se faz uma crítica da gestão urbana nas capitais latino-americanas quanto a contenção do coronavírus e a mitigação dos impactos sociais da pandemia, considerando a desigualdade de gênero e a sobreposição dos papeis sociais, à mulher. Dessa maneira, em um recorte espaço -temporal de 2019, 2020 e 2022, a pesquisa revisita o nexo entre a cidade latino-americana, mobilidade urbana, e as desigualdades social e econômica da mulher. Visto que, a pandemia evidenciou as vulnerabilidades do meio urbano e social, expondo a necessidade de mudanças sociais e de uma reconfiguração das políticas urbanas.