A influência da obsolescência na depreciação do patrimônio moderno edificado
Obsolescência; Depreciação; Ross-Heidecke; Patrimônio
O presente trabalho tem como objetivo apresentar adaptação ao modelo de Ross-Heidecke utilizado para cálculo de depreciação de edificações, incluindo o coeficiente de obsolescência. A partir da revisão bibliográfica sobre as metodologias usuais para cálculo de depreciação e a importância da conservação do patrimônio moderno, serão abordados as principais definições e tipos de obsolescência e qual o seu risco para os sistemas construtivos. A metodologia proposta consiste na integração do coeficiente de obsolescência no cálculo da depreciação de edificações, além da adaptação do coeficiente de conservação a partir da parametrização da norma holandesa de inspeção predial realizada por Martinatti (2021) e quanto segregação da avaliação através de divisão por sistemas, atribuindo a cada um a idade real, vida útil e ponderação conforme apresentado por Braga (2015). Tomou-se como amostra duas edificações residenciais típicas da superquadra 108 Sul de Brasília, marco da arquitetura e urbanismo moderno e considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Com o estudo, concluiu-se que a inclusão do coeficiente de obsolescência para determinação da depreciação de edificações se faz fundamental, uma vez que auxilia para o desenvolvimento de uma avaliação mais precisa, resultando na diminuição de subjetividade.